Posse de senadores e abertura dos trabalhos terão policiamento reforçado
A polícia do Senado encaminhou ofício ao interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, solicitando reforço de policiamento nas imediações do Congresso para os dias 1º e 2 de fevereiro, quando ocorrem as cerimônias de posse dos novos senadores e de reabertura dos trabalhos legislativos. O documento identifica cenários de risco, alerta sobre a projeção política das duas cerimônias e faz referência aos ataques sofridos pelos três Poderes da República, no dia 8 de janeiro.
Transcrição
A POSSE DOS SENADORES E A ABERTURA DOS TRABALHOS TERÃO POLICIAMENTO REFORÇADO.
OS EVENTOS ESTÃO PREVISTOS PARA O DIA PRIMEIRO E DOIS DE FEVEREIRO. O REPÓRTER PEDRO PINCER TEM MAIS DETALHES.
A polícia do Senado encaminhou ofício ao interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, solicitando reforço de policiamento nas imediações do Congresso para os dias 1º e 2 de fevereiro, quando ocorrem as cerimônias de posse dos novos senadores e de reabertura dos trabalhos legislativos. O documento identifica cenários de risco, alerta sobre a projeção política das duas cerimônias e faz referência aos ataques sofridos pelos três Poderes da República, no dia 8 de janeiro, quando extremistas deixaram um rastro de destruição no Palácio do Planalto e nas sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Na posse do novo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, Ricardo Capelli informou que o plano para as cerimônias dos dias 1º e 2 já está pronto. De acordo com ele, como não há notícia de novos ataques, o planejamento é preventivo e será repassado no dia 30 de janeiro com os comandos das forças de segurança. O cooordenador-geral da Polícia Legislativa do Senado, Gilvan Viana, detalhou as providências que a corporação está tomando.
Com certeza a gente está se precavendo um pouco mais, a gente destrinchou o ofício um pouco mais. Tomando todas as providências como sempre para que tudo ocorra na maior normalidade. Tanto que a gente está até um pouco mais preocupado, porém as medidas estão sendo tomadas, várias reuniões, tem uma reunião na própria SSP na segunda-feira justamente para ver, a inteligência vai repassar realmente o cenário como que está bem próximo do evento para a gente estar ainda mais se preparando melhor para essas festividades do dia 1 e do dia 2.
No dia 1º de fevereiro, haverá três reuniões chamadas de preparatórias. Na primeira, marcada para as 15h, serão empossados os 27 senadores eleitos em outubro, o que representa um terço das 81 cadeiras do Senado. Na segunda reunião será eleito o presidente da Casa. E na terceira serão escolhidos os demais membros da Mesa. A cerimônia contará com segurança reforçada, e um esquema especial está sendo adotado com credenciamento específico para o evento — o que permite controle maior da circulação das pessoas dentro das dependências do Senado. Também haverá um número maior de detectores de metal para acesso ao prédio do Congresso. No dia 8 de janeiro, a Polícia do Senado enfrentou um cenário de vandalismo e destruição, e conseguiu evitar um prejuízo ainda maior nas estruturas físicas, gabinetes e no acervo histórico da Casa. Até agora, a Procuradoria-Geral da República enviou ao STF denúncias contra 39 pessoas que participaram dos atos antidemocráticos e foram presas dentro do Senado. Os invasores são denunciados por uma lista de cinco crimes — entre eles, o de golpe de Estado. O Senado identificou nesta semana mais 23 invasores que depredaram o Congresso durante a invasão do dia 8. Esses novos nomes devem ser encaminhados à PGR pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que eles sejam investigados. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.