Lei reconhece a engenheira Carmen Portinho como patrona do urbanismo no Brasil — Rádio Senado

Lei reconhece a engenheira Carmen Portinho como patrona do urbanismo no Brasil

Foi sancionada a lei que declara a engenheira e urbanista Carmen Velasco Portinho patrona do urbanismo no Brasil. A proposta é do senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, sobrinho-neto de Carmen.  A análise do projeto nas duas Casas destacou o papel da homenageada no movimento de emancipação das mulheres.

19/12/2022, 17h52 - ATUALIZADO EM 19/12/2022, 22h11
Duração de áudio: 02:39
Arquivo Nacional

Transcrição
LEI RECONHECE A ENGENHEIRA CARMEN PORTINHO COMO PATRONA DO URBANISMO NO BRASIL. EM 1939, ELA SE TORNOU A PRIMEIRA MULHER A OBTER O TÍTULO DE URBANISTA NO PAÍS. REPÓRTER PEDRO PINCER: Foi sancionado o projeto que declara a engenheira e urbanista Carmen Velasco Portinho patrona do urbanismo no Brasil. A proposta é do senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, sobrinho-neto de Carmen.  A análise do projeto nas duas Casas destacou o papel da homenageada no movimento de emancipação das mulheres. Carmen Portinho nasceu em Corumbá, em Mato Grosso do Sul, em 26 de janeiro de 1903, e formou-se em engenharia civil em 1925, na Escola Politécnica da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1939, tornou-se a primeira mulher a obter o título de urbanista no país. O Senado aprovou o texto em 10 de agosto. Na ocasião, Carlos Portinho salientou a importância de Carmen entre as mulheres que lutaram pelo direito ao voto e seu posicionamento na sociedade entre os homens.  E ela e Bertha Lutz tiveram com Getúlio Vargas pra eu não vou nem pedir, que elas foram pra exigir o voto feminino. E quando Getúlio Vargas, acho que cansado daquelas mulheres falou “OK vocês vão ter o direito ao voto” ... Tia Carmen ainda falou “não mas agora a gente quer o direito de ser candidata, porque o direito ao voto só pra mulher não basta”. A deputada Soraya Santos, do PL do Rio de Janeiro, afirmou que a homenagem a Carmen Portinho é um símbolo de que as mulheres podem alcançar qualquer posição desde que tenham capacitação e competência. Um projeto que nos dignifica e nos faz refletir tanto, porque, quando falamos de ativismo, de combate à violência contra a mulher, nós também temos que falar de Carmen Portinho, que rompeu, foi pioneira numa atividade profissional que antigamente não era possível, e deixou tanto legado A trajetória da urbanista também foi destacada pela senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão Carmen ainda foi diretora do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, crítica de arte, diretora da Escola Superior de Desenho Industrial por mais de vinte anos. Carmen Portinho viveu até 2001 e em seu quase um século de vida deixou um legado profissional e social sem precedentes por meio de uma militância e atingia genuinamente todas as esferas da sua vida. A profissional também foi uma das fundadoras da Revista da Diretoria de Engenharia (posteriormente, Revista Municipal de Engenharia), que teve a primeira edição publicada em julho de 1932. Carmen Portinho faleceu no dia 25 de julho de 2001, aos 98 anos, no Rio de Janeiro. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

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