Comissão de Educação aprova relatório sobre impacto da pandemia no ensino — Rádio Senado
Pandemia

Comissão de Educação aprova relatório sobre impacto da pandemia no ensino

A Comissão de Educação do Senado aprovou o relatório sobre o impacto da crise sanitária no ensino. O documento será entregue nesta quinta-feira (08/12) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e traz 30 sugestões para recuperar as perdas educacionais provocadas pela Covid-19. O autor, Flávio Arns (Podemos-PR) destacou que o relatório busca apresentar soluções e não apontar culpados, e que servirá como guia para traçar uma estratégia de desenvolvimento para a educação brasileira. Entre as recomendações está a recomposição do orçamento do ensino, o reajuste do valor da merenda e investimentos em infraestrutura e conectividade.

08/12/2022, 14h33 - ATUALIZADO EM 08/12/2022, 19h05
Duração de áudio: 02:29
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU O RELATÓRIO SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO ENSINO. O DOCUMENTO – QUE SERÁ ENTREGUE HOJE À TARDE AO PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHECO – TRAZ SUGESTÕES PARA RECUPERAR AS PERDAS EDUCACIONAIS PROVOCADAS PELA CRISE SANITÁRIA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. O senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, presidiu a subcomissão que acompanhou por mais de um ano os impactos da pandemia sobre o ensino. Seu relatório traz 30 sugestões para o poder público mitigar esses efeitos negativos da crise sanitária e tem foco em apontar soluções e não culpados. Tomamos bastante cuidado para não apontar o dedo, dizendo que não foi feita alguma coisa por alguém, mas para pensar o que aconteceu e o que a gente pode propor para o futuro, em um esforço de união nacional a favor do que é mais importante para o País. Então, sempre com um espírito positivo, de propostas. Pode ser para o novo governo, assim como para o governo atual e para os que se interessarem, um subsídio para agenda estratégica para o futuro. Uma das prioridades do documento é a superação do déficit educacional provocado pela pandemia. O presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro, do MDB do Piauí, destacou que uma fragilidade exposta pela crise foi a falta de conectividade das escolas brasileiras. Se, por um lado, tivemos experiências exitosas na área educacional, por outro, o resultado geral da crise foi extremamente prejudicial para a maioria dos estudantes, especialmente para aqueles de famílias mais pobres e vulneráveis econômica e socialmente. As carências foram muitas, a começar pela falta de conectividade e de equipamentos adequados para acompanhar as aulas oferecidas remotamente por docentes que estavam, eles mesmos, aprendendo o processo de ministrar suas aulas em um formato para o qual não haviam sido formados. Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, disse que o conjunto de propostas é praticamente uma revisão do Plano Nacional de Educação, e que se for seguido trará bons resultados para o ensino. Toda a educação brasileira sofreu no período de pandemia: dois anos praticamente sem aulas, a educação retrocedeu, os alunos realmente sofreram muito, os alunos desaprenderam muita coisa. E nós sabemos que é possível a gente recuperar e dar um ritmo à educação brasileira, no sentido de obtermos uma qualidade melhor. Fazendo o que deve ser feito na educação, sem muita inventividade, seguindo o arroz com feijão, em 12 anos o Brasil já começa a se destacar perante o mundo com seus indicadores e melhorias. Entre as recomendações está a recomposição do orçamento da educação, o reajuste do valor da merenda e o acompanhamento da execução das sugestões pela Comissão de Educação do Senado ao longo de 2023. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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