Aliados de Bolsonaro não se comprometem com a PEC da Transição, mas apoiam Auxílio Brasil de R$ 600 — Rádio Senado
Transição

Aliados de Bolsonaro não se comprometem com a PEC da Transição, mas apoiam Auxílio Brasil de R$ 600

O líder do governo, senador Carlos Portinho (PL-RJ), antecipou que a base aliada de Bolsonaro vai apoiar o Auxílio Brasil de R$ 600 e o aumento maior do salário-mínimo. Mas ao chamar a proposta de PEC da Picanha, lamentou o fato de a equipe de transição não ter definido as prioridades e os valores. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), as definições, que incluem valorização das políticas sociais, serão apresentadas nesta semana. Integrante da equipe de transição, ele, no entanto, não confirmou se as despesas do Auxílio Brasil serão retiradas de forma definitiva do teto de gastos.

14/11/2022, 14h57 - ATUALIZADO EM 14/11/2022, 16h30
Duração de áudio: 02:49
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
ALIADOS DE BOLSONARO DEVERÃO VOTAR A FAVOR DO AUXÍLIO BRASIL DE 600 REAIS, MAS NÃO SE COMPROMETEM COM AS DEMAIS PROMESSAS DE CAMPANHA DE LULA. A PROPOSTA DEFININDO VALORES E PRIORIDADES DO NOVO GOVERNO PODERÁ SER APRESENTADA NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. A equipe de transição comandada pelo vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin, deverá entregar na quarta-feira a PEC da Transição. A proposta vai detalhar os valores e as prioridades do novo governo, entre elas o Auxílio Brasil de R$ 600, uma parcela adicional de R$ 150 por criança menor de 6 anos, o reajuste maior do salário-mínimo, além da recomposição de verbas de programas básicos, como o Farmácia Popular e o da merenda escolar. O líder do governo, senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, comentou que a base aliada de Bolsonaro concorda com a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 além de uma correção maior para o piso salarial. Mas alertou que sem as prioridades e os seus gastos, os governistas não terão compromisso com as prioridades de Lula.  A PEC da Picanha é como o filhote de pombo que você nunca viu, mas dizem que existe. No Senado nós sempre estivemos abertos ao diálogo. Com relação a essa PEC, o que eu sei pela imprensa e a gente não sabe quem é o ministro da Economia que vai atualizar esse cheque. A gente então sem ministro, sem proposta porque o que eu sei é pela imprensa, sem valor porque ela começou com R$ 50 bilhões, já escutei na imprensa R$ 60 bi, R$ 80 bi, R$ 200 bi. Capaz de demorar mais uma semana e já ser de R$ 500 bilhões. A equipe de transição ainda vai decidir se as despesas do Auxílio Brasil ficarão fora do teto de gastos de forma permanente ou apenas no ano que vem. De qualquer forma, o novo governo poderá contar com R$ 175 bilhões  para cumprir com as promessas de campanha. Mas a retirada total dos custos da área social não é consenso devido à contrariedade do mercado financeiro, que teme uma gastança de recursos públicos. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, que integra a equipe de transição, afirmou que o novo governo vai fortalecer ações de combate à fome. Não vou especular o número. Pode ser R$ 105 bilhões, pode ser um pouco, pode ser aquilo. Agora há uma disposição de tornar políticas de combate à fome para que o Brasil nunca mais viva o drama da fome como políticas do estado brasileiro e não como políticas circunstanciais de governo. Lula governou esse país, enfrentou o drama da fome, reduziu a fome, combateu a miséria e volta com 3 milhões de brasileiros passando fome novamente. Isso é uma circunstância que tem que ser enfrentada em definitivo como política de estado e não com política sazonal de governo.   Segundo Randolfe Rodrigues, se apresentada ainda nesta semana, a PEC da Transição já poderá ser discutida e votada no Senado já nos próximos dias. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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