Aprovada inscrição do Marinheiro Marcílio Dias no Livro dos Heróis da Pátria — Rádio Senado
Homenagem

Aprovada inscrição do Marinheiro Marcílio Dias no Livro dos Heróis da Pátria

O Plenário do Senado aprovou e foi à sanção presidencial a proposta da Câmara (PL 1.402/2022) que Inscreve o nome do Imperial Marinheiro Marcílio Dias no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Marcílio Dias lutou contra quatro soldados paraguaios na Batalha Naval do Riachuelo, durante a Guerra do Paraguai. O marinheiro venceu dois adversários ao defender o Brasil, mas teve seu braço decepado e morreu em razão dos ferimentos, no dia seguinte, em 13 de junho de 1865, com 27 anos de idade.

09/11/2022, 21h10 - ATUALIZADO EM 09/11/2022, 21h13
Duração de áudio: 03:51
Marinha do Brasil

Transcrição
O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU A INCLUSÃO DO NOME DO IMPERIAL MARINHEIRO MARCÍLIO DIAS NO LIVRO DOS HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA. MARCÍLIO DIAS LUTOU E FOI MORTO NA BATALHA NAVAL DO RIACHUELO, DURANTE A GUERRA DO PARAGUAI. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO O Imperial Marinheiro Marcílio Dias nasceu na cidade de Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1838, filho caçula do marinheiro português Manuel Fagundes e da filha de negros alforriados vindos da Costa da África, Pulcena Dias. Com dezessete anos de idade, em julho de 1855, Marcílio Dias ingressou na Armada Imperial como Grumete, posto equivalente ao de Recruta. Em agosto do mesmo ano, tornou-se Praça no Corpo de Imperiais Marinheiros. Durante a Batalha Naval do Riachuelo, no dia 11 de junho de 1865, Marcílio Dias lutou contra quatro soldados inimigos, tendo vencido dois. No decorrer do combate, o marinheiro teve um  braço decepado ao defender o Brasil. Os ferimentos causaram a sua morte no dia seguinte, aos 27 anos de idade. Como ocorreu com os outros combatentes mortos, Marcílio foi sepultado e homenageado, em 13 de junho de 1865, com as honras de cerimonial marítimo nas próprias águas do Rio Paraná, pois as embarcações ainda iriam percorrer longo caminho até os militares serem honrados em terra. A vitória brasileira na Batalha do Riachuelo foi decisiva para os rumos da Guerra do Paraguai, com o êxito da tríplice aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai. A relatoria da proposta ficou a cargo do senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas. O senador lembra que antes de morrer como herói na Batalha Naval do Riachuelo, Marcílio Dias já havia sido reconhecido como grande militar durante o cerco de Paysandú, na Guerra do Uruguai em 1864: Marcílio Dias teve o seu batismo de fogo, contra as forças do Uruguai. Durante o assalto final à Praça-forte de Paysandú, em 31 de dezembro de 1864, uma batalha que durou 52 horas e terminou em 2 de janeiro de 1865, Marcílio Dias foi um dos mais bravos combatentes, tendo ficado famoso o seu grito de “vitória”, quando subiu à torre da Igreja Matriz de Paysandú e acenou para seus companheiros com a bandeira do Brasil. Plínio Valério destaca que várias embarcações da Marinha brasileira receberam o nome de Marcílio Dias como forma de homenageá-lo: Após sua morte vários navios da Marinha Brasileira foram batizados com seu nome. Várias outras instituições, militares ou civis, em todo o Brasil, assim como ruas, praças, cidades e outros logradouros foram batizados com o nome de Marcílio Dias. Inscrever o nome do Imperial Marinheiro Marcílio Dias no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um ato nobre de reconhecimento do heroísmo desse cidadão exemplar. O livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um livro de aço localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. Ele homenageia brasileiras e brasileiros, já falecidos, que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção.  A inclusão do nome de alguma personalidade precisa ser aprovada pelo Congresso.  A proposta que inscreve o nome de Marcílio Dias no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, de iniciativa da Câmara dos Deputados, foi à sanção presidencial. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro.  

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