Senador pede ao governo que prepare o país para enfrentar a varíola dos macacos

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SENADOR PEDE AO GOVERNO QUE PREPARE O PAÍS PARA O ENFRENTAMENTO À VARÍOLA DOS MACACOS. O BRASIL JÁ REGISTRA MAIS DE MIL E SETECENTOS CASOS E UMA MORTE DA DOENÇA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, fez um apelo ao governo para preparar o País para enfrentar a varíola dos macacos. Mais de 1,7 mil casos da doença já foram registrados em 17 estados e no Distrito Federal. Até o momento, houve uma morte. Ao destacar que mal o Brasil saiu da pandemia do novo coronavírus, ele declarou que as autoridades públicas de saúde devem se atentar para a expansão perigosa da doença, que se transformou numa ameaça. Nelsinho Trad, que é médico, comentou que as pessoas com histórico de doenças crônicas, aquelas com comorbidade, imunodeprimidos, ou seja, pessoas transplantadas ou em tratamento oncológico, além de crianças e gestantes devem se proteger.    Gestantes, puérperas e lactantes também fazem parte do grupo de risco - tanto é que uma nota técnica elaborada pelo Ministério da Saúde recomendou esta semana que esse grupo porte máscara, se afaste de qualquer pessoa com sintomas da doença e use também os cuidados nas relações sexuais, como preservativo, porque essa doença se transmite também no ato sexual. Essas medidas, inclusive, eu diria que devem ser implementadas por todas as pessoas. O senador esclareceu que o contato íntimo de pele com pele com é a principal forma de transmissão da varíola dos macacos, com destaque para relações sexuais e o compartilhamento de lençóis e toalhas. Apesar da baixíssima taxa de letalidade, ou seja, de mortes provocadas pela doença, Nelsinho Trad alertou para os sintomas. A varíola dos macacos é um vírus e é transmitida de uma pessoa para outra por meio de contato próximo, como as lesões que essa pessoa tem, os fluidos corporais, as gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Os sintomas - é preciso esclarecer - não se restringem a lesões da pele. A doença começa, na maior parte dos casos, com uma febre súbita e intensa. Podem ocorrer também dor de cabeça, náusea, exaustão e presença de gânglios. Já as manifestações na pele podem se dar por bolhas ou lesões em diversas partes do corpo, do rosto até os pés.   Por enquanto, a Organização Mundial da Saúde não recomenda uma vacinação em massa, a exemplo do que ocorreu com a covid-19. O Ministério da Saúde, por sua vez, comprou 50 mil doses. O senador defende a realização de teste para um diagnóstico rápido e isolamento das pessoas com a doença. A higienização das mãos e o uso de máscaras também ajudam a evitar a contaminação. Da Rádio Senado, Hérica Christian.