Senado aprova adesão do Brasil a tratado para redução de gases
O Senado aprovou o projeto de decreto legislativo que ratifica o acordo para redução da emissão de gases hidrofluorcarbonos (HFCs), que provocam aquecimento global. A chamada Emenda de Kigali foi assinada por diversos países em 2016. A relatora, Mara Gabrilli (PSDB-SP), lamentou a demora do governo brasileiro para aderir ao protocolo.
Transcrição
O PLENÁRIO APROVOU O PROJETO QUE RATIFICA O ACORDO PARA REDUÇÃO DA EMISSÃO DE GASES HIDROFLUORCARBONOS QUE PROVOCAM O AQUECIMENTO GLOBAL.
O GÁS É USADO NO SETOR DE REFRIGERAÇÃO, CLIMATIZAÇÃO E EM ALGUNS AEROSSÓIS. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA.
O projeto de decreto legislativo ratifica a Emenda de Kigali, assinada em 2016 para alterar o Protocolo de Montreal, em que os países se comprometeram em substituir as substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio. O acordo inclui a redução do uso dos hidrofluorcarbonos, gases usados no setor de refrigeração, climatização e aerosois que contribuem para o aquecimento global. A relatora, senadora Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, destacou que o próprio setor privado está disposto a adotar novas tecnologias mais limpas e eficientes. E lamentou a demora do governo brasileiro de aderir ao tratado.
A gente tem urgência em votar essa emenda porque seu texto foi adotado em Kigali, Ruanda, em 15 de outubro de 2016, e não somente por seu objetivo, que é reduzir gradualmente o consumo e a produção mundial dos hidrofluorocarbonetos, o que é importantíssimo, mas, sobretudo, porque ele já foi ratificado por 135 países, e o Brasil segue postergando a sua ratificação, colocando-nos entre os últimos países em desenvolvimento a fazê-lo. Somente o Brasil e o Iêmen ainda não o ratificaram.
Mara Gabrilli destacou ainda que a Confederação Nacional da Indústria defendeu a adesão ao protocolo pelo impacto direto na eficiência energética, competitividade, inserção comercial e desenvolvimento tecnológico. O projeto segue para a promulgação. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Carol Teixeira.