CRA faz primeiro debate sobre novo marco legal para agrotóxicos

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A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA FEZ NESTA QUARTA-FEIRA O PRIMEIRO DEBATE SOBRE NOVO MARCO LEGAL PARA OS AGROTÓXICOS. PROPOSTA É POLÊMICA E DIVIDE CIENTISTAS. NESTA QUINTA-FEIRA, O COLEGIADO RETOMA A AUDIÊNCIA PÚBLICA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. A professora Larissa Bombardi criticou o que considera novas facilidades para o uso de substâncias tóxicas na agricultura. O procurador do Trabalho, Leomar Daroncho, mostrou fotos da propaganda, com pessoas super equipadas aplicando o agrotóxico, e imagens recolhidas pela fiscalização, com pesticidas armazenados ao lado de garrafas de café, de pessoas reutilizando as embalagens, para lembrar a diferença entre discurso e prática, ainda mais num país tropical. Estaríamos com 42 graus e imaginar alguém com roupa emborrachada, imagina o calor que vai estar e a máscara. Não é crível que as pessoas  utilizem isso o tempo todo da exposição. Paulo Amaral, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, pediu que a ciência seja utilizada para avaliar os riscos dos agrotóxicos. Ele destacou que esses produtos são constantemente reavaliados por cientistas. Caio Carbonari, doutor em Proteção de Plantas pela Universidade Estadual Paulista, afirmou ainda que, proporcionalmente, o Brasil é um dos países que menos utilizam defensivos agrícolas. Eu sou de Botucatu, 150 mil habitantes, são Paulo com 12 milhões, óbvio que são Paulo tem muito mais acidentes de carro que Botucatu, assim como muitas outras coisas. O presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, ressaltou o propósito da audiência pública. Antes de se tornar um debate político e ideológico, esse é um debate técnico e cientifico, que há muto tempo vem ocupando estudiosos, pesquisadores, especialistas de universidades e empresas do setor agropecuário. Mário Urchei, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, e Naiara Bittencourt, da Articulação Nacional de Agroecologia, criticaram a proposta.  Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.