Começa a funcionar comissão externa para atender vítimas de Petrópolis e evitar nova tragédia

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INSTALADA COMISSÃO TEMPORÁRIA EXTERNA PARA ACOMPANHAR SITUAÇÃO EM PETRÓPOLIS, NO RIO DE JANEIRO, APÓS AS FORTES CHUVAS NA CIDADE. TRABALHO ENVOLVERÁ SENADORES E AUTORIDADES MUNICIPAIS E FEDERAIS. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. Foi instalada nesta segunda-feira em reunião remota do Senado a Comissão Temporária Externa para acompanhar a situação de Petrópolis após as fortes chuvas que atingiram a cidade em fevereiro. Eleito presidente do colegiado, o senador Romário, do PL do Rio de Janeiro, afirmou que os senadores e as autoridades locais e nacionais atuarão juntos na assistência às vítimas da tragédia e, principalmente, para impedir que ela se repita. SONORA A ocupação desordenada junto com a topografia e as características geológicas daquela região se somam às condições climáticas para propiciar a tragédia. As condições naturais são imutáveis, mas a forma como lidamos com elas fará toda a diferença. Teremos um mês de intenso trabalho, visitas técnicas, audiências e debates com autoridades locais e especialistas que nos trarão um panorama da situação e importantes informações e elementos que nortearão as discussões e o trabalho do relator. A comissão criada a partir de requerimento aprovado em Plenário, do senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, teve como relator designado o senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro. Durante a reunião, ele apresentou o plano de trabalho com prazo para votação do relatório final em 8 de abril e chamou a atenção para uma das importantes contribuições que a comissão pode trazer: SONORA Há uma dificuldade muito grande de encontrar terrenos planos e eu acho que isso pode ser um dos papéis dessa comissão: avaliar a relação dos terrenos próprios ou de terceiros disponíveis para que a gente possa induzir uma política habitacional, que depende do governo federal. Não vamos acreditar que Petrópolis tenha uma arrecadação suficiente para fazer frente a cerca de três mil pessoas no aluguel social. É um esforço conjunto do Estado, que já vem investindo na região. Eleito vice-presidente do colegiado, o senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, mencionou o histórico das chuvas em Petrópolis. SONORA Eu acho que a gente pode fazer um grande trabalho. Não é de hoje que esse assunto chega pra Petrópolis. Desde 79, a primeira tragédia, 87 mortos. Em 88 nós tivemos 171 vidas perdidas. Em 2001, 51 mortes, em 2011 e agora em 2022. Então é uma sequência que precisa de um basta. A gente precisa fazer a nossa parte. Com 7 senadores titulares e 1 suplente, a comissão já teve aprovados requerimentos de informações, audiências públicas e diligências externas em Petrópolis. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.