Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha poderão ser patronos da Música Popular Brasileira — Rádio Senado
Cultura

Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha poderão ser patronos da Música Popular Brasileira

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou nesta quinta-feira (25) o projeto de lei (PL) 2.151/2019, que declara os compositores Lupicínio Rodrigues (1914-1974) e Pixinguinha (1897-1973) patronos da música popular brasileira (MPB). Para Paulo Paim (PT-RS), Lupicínio foi um criador imbatível das canções sobre desilusões amorosas. Já Carlos Portinho (PL-RJ) enalteceu a importância histórica de Pixinguinha como músico negro que fez sucesso no início do século XX. O texto segue para a Câmara dos Deputados.

26/11/2021, 15h56 - ATUALIZADO EM 26/11/2021, 16h06
Duração de áudio: 02:07
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Transcrição
LUPICÍNIO RODRIGUES E PIXINGUINHA SERÃO OS PATRONOS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. O PROJETO QUE HOMENAGEIA OS ARTISTAS FOI APROVADO NESTA QUINTA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA A Comissão de Educação aprovou uma proposta que torna Lupicínio Rodrigues Patrono da Música Popular Brasileira. O autor do projeto é o senador Lasier Martins, do Podemos do Rio Grande do Sul, para quem o autor de “Nervos de Aço” e “Nunca” faz parte da memória de várias gerações. Já o relator da proposta, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lembrou que Lupicínio foi o precursor das canções sobre o inconformismo diante de desencontros amorosos. Certamente Lupicínio é um dos compositores mais originais da nossa música popular. Além das inúmeras qualidades do seu trabalho, ele se destacou como o criador da chamada "dor de cotovelo". A expressão, graças a ele, passou a designar um estilo de canção que trata das desventuras amorosas, um tema no qual Lupicínio foi um criador imbatível. Poucos foram capazes de tanta imprevisibilidade no âmbito da poesia da nossa música popular. Inicialmente, o título seria concedido apenas a Lupicínio Rodrigues. Mas Pixinguinha foi incluído na homenagem a pedido do senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro. Alfredo da Rocha Vianna Filho foi flautista, compositor e maestro, e é autor de sucessos como “Carinhoso”, “Rosa” e “Lamentos”. Para Portinho, além do talento, Pixinguinha traz ainda grande importância histórica por ter sido um menino negro nascido no subúrbio do Rio de Janeiro, menos de uma década após a abolição da escravidão. Temos uma constelação de músicos da maior diversidade. Mas é emblemático porque o Pixinguinha traz ainda uma questão histórica, social e cultural da maior importância. Na música foi percussor do choro e o choro inspirou a música popular brasileira. Carinhoso se não me engano é de 1916 ou 17. A gente está falando de um negro que fez sucesso na nossa longeva história. O projeto segue para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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