Senadores criticam veto à distribuição de absorventes a pessoas de baixa renda
O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. Ele retirou da lei a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e mulheres em situação de rua. Os senadores avaliam que essa decisão acaba com a iniciativa de garantir os itens de higiene no período menstrual.
Transcrição
SENADORES CRITICAM VETO À DISTRIBUIÇÃO DE ABSORVENTES FEMININOS A PESSOAS DE BAIXA RENDA.
O PRESIDENTE BOLSONARO ALEGOU QUE O CONGRESSO NACIONAL NÃO ESPECIFICOU A FONTE DE RECURSOS PARA BANCAR O BENEFÍCIO. REPÓRTER PEDRO PINCER
O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. Ele retirou da lei a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e para mulheres em situação de rua. O projeto da deputada Marília Arraes, do PT de Pernambuco, tinha o objetivo combater a pobreza menstrual, que é a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e de outros itens necessários ao período da menstruação. Para a relatora no Senado, Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, os vetos presidenciais prejudicaram a principal parte da lei.
O Congresso Nacional precisa derrubar o veto de Bolsonaro à distribuição de absorventes para meninas e mulheres de baixa renda. Nós congressistas precisamos mostrar que ao contrário da Presidência da República, nos importamos com o fato de uma em cada quatro estudantes faltem às aulas por não ter acesso a esses itens de higiene.
O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, fez um alerta sobre a questão da pobreza menstrual.
O presidente acabou ferindo a dignidade das mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade social. A probreza menstrual é uma questão grave que atinge mulheres do mundo todo e mais de 4 milhões de pessoas só no Brasil. Precisamos derrubar esse veto urgentemente. Isso é desumano!
Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão; Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba; e a líder da Bancada Feminina, Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, também criticaram o veto de Jair Bolsonaro. Da Rádio Senado, Pedro Pincer