Sócio da VTC Log nega pagamento de propina, mas não explica saques nem contratos sem licitação

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SÓCIO DA VTC LOG NEGA FAVORECIMENTO POLÍTICO E PAGAMENTO DE PROPINA. MAS NÃO EXPLICA CONTRATOS SEM LICITAÇÃO COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE E SAQUES EM DINHEIRO. OPOSIÇÃO CITA SUPERFATURAMENTOS EM ADITIVOS AUTORIZADOS POR EX-DIRETOR E GOVERNISTAS LEMBRAM QUE A EMPRESA JÁ ATUA HÁ DÉCADAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O sócio da empresa VTC Log, Raimundo Nonato, negou favorecimento político nos negócios com o governo federal. A empresa presta serviços há décadas para a Administração Pública. Mas desde 2018, na gestão do então ministro da Saúde, Ricardo Barros, a VTC Log é a responsável pela logística e transporte de insumos do SUS após a primeira colocada da licitação ter sido desclassificada. Raimundo Nonato não soube explicar a existência de 8 contratos sem licitação, que somam mais de R$ 300 milhões. Apesar de documentos em posse da CPI, o sócio da VTC log negou pagamento de propina para o ex-diretor de Logística, Roberto Dias, que autorizou dois aditivos, um de R$ 80 milhões e outro de R$ 19 milhões, mesmo vetados pela assessoria jurídica do Ministério. Raimundo Nonato afirmou que todos os contratos com o governo estão dentro da legalidade. Os contratos firmados entre a VTCLog e o poder público encontram-se sob o controle das autoridades internas, dos órgãos públicos que nos contrataram, assim como dos tribunais de contas, Ministério Público e Controladoria-Geral da União. Jamais deixamos de prestar contas a toda a estrutura fiscalizadora do poder público. Ao confirmar telefonemas para Roberto Dias, a diretora-executiva da VTC Log, Andreia Lima, disse que eram sobre a entrega de EPIs e respiradores, embora as ligações ocorressem aos finais de semana e próximas da liberação dos aditivos. Ela defendeu revisão dos contratos ao afirmar que houve um aumento da prestação de serviços na pandemia, sobretudo com o transporte das vacinas, e que a VTC Log vai recorrer da suspensão desses pagamentos para sair do prejuízo. Tanto Andreia Lima quanto Raimundo Nonato negaram ainda proximidade com o deputado Ricardo Barros e alegaram que os milhares de reais sacados no caixa foram para pagamento de contas da empresa e dos sócios. O senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, reafirmou que há evidências de que Roberto Dias favoreceu a VTC Log em troca de propina. A sua empresa tem um contrato aditado com o valor 18 vezes maior do que foi estabelecido pelos técnicos do Ministério da Saúde. Existe a suspeita de que a sua empresa pagava propina para algumas figuras do alto escalão do governo Bolsonaro. Essa suspeita pesa sobre a empresa porque uma pessoa que gerenciava o contrato, o responsável pela área do contrato recebeu pagamento de contas pessoais feito pela empresa. Já o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, ressaltou que a VTC Log não foi contratada no governo Bolsonaro e que a empresa tem expertise para manter os contratos. Segundo o Portal da Transparência, as empresas do grupo possuem longa lista de contratos com o Governo Federal, desde 2007, em especial com o Ministério da Saúde. Tenta-se colocar uma narrativa de que parece que essa empresa foi descoberta no Governo do Presidente Bolsonaro. Se tem alguma irregularidade, alguma ilegalidade, que se apure, que se identifiquem os infratores, que os enquadre na forma da lei e os puna na forma da lei. Não tem outro caminho!. Os senadores aprovaram um requerimento para o Tribunal de Contas da União explicar a dispensa de licitação dos contratos da VTC Log. Já a empresa terá que enviar os recibos de todos os pagamentos feitos com o dinheiro sacado em agências bancárias. Da Rádio Senado, Hérica Christian.