Relator vai pedir indiciamento de Bolsonaro e CPI dá 48 horas para ministro da Saúde detalhar vacinação de 2022
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) vai concluir no dia 15 o relatório final para então receber contribuições dos integrantes da CPI. Ele antecipou que pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e de assessores. Os senadores concederam o prazo de 48 horas para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, responder a diversas perguntas. Entre elas, o estoque de vacinas e o planejamento para a campanha contra a covid-19 no ano que vem.
Transcrição
RELATOR CONFIRMA PEDIDO DE INDICIAMENTO DO PRESIDENTE BOLSONARO POR SUPOSTAS OMISSÕES NA PANDEMIA.
MINISTRO DA SAÚDE TERÁ QUE DETALHAR À CPI ESTOQUE ATUAL E PLANEJAMENTO DO ANO QUE VEM DA VACINAÇÃO REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
O senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, informou que a primeira versão final do relatório será concluída no dia 15. A partir daí, vai conversar com cada um dos integrantes da CPI para receber contribuições. Ele confirmou a leitura no dia 19 para votação no dia 20. Renan Calheiros antecipou que pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e assessores. Ele esclareceu que usará os tipos penais indicados por vários juristas com base nos fatos investigados pela CPI.
O presidente da República, os ministros, aquelas pessoas que tiveram participação efetiva no gabinete paralelo, no gabinete do ódio e todos aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de dinheiro público e da roubalheira. Então, essas pessoas serão responsabilizadas e nós utilizaremos tipos penais do crime comum, do crime de responsabilidade, do crime contra a vida, do crime contra a humanidade. Estamos avaliando com relação a indígenas a utilização dos genocídios.
Diante da falta de tempo para mais um depoimento, os senadores da CPI da Pandemia deram o prazo de 48 horas para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, responder a alguns questionamentos, como explicou o vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá.
Detalhamento do plano nacional de imunização a ser executado no ano de 2022; detalhamento do programa de acompanhamento epidemiológico em substituição ao Epicov; apontamento dos membros da equipe técnica responsável pelo acompanhamento do contexto da pandemia e pela formulação de políticas públicas; indicação do estoque e planejamento de vacinas relativos ao final de 2021; justificativa para a descontinuidade do uso da CoronaVac em 2022.
Os senadores já alertaram que não há recursos previstos no Orçamento Geral da União de 2022 para a compra de doses que garantam que a vacinação contra a covid-19 seja anual, a exemplo do que ocorre com a gripe. Da Rádio Senado, Hérica Christian.