Com críticas a Sérgio Camargo, CDH discute importância da Fundação Palmares

Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIU A IMPORTÂNCIA DA FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES PARA O BRASIL OS PARTICIPANTES CRITICARAM A ATUAL GESTÃO DA FUNDAÇÃO. A REPORTAGEM É DE MANUELA MOURA: A  Comissão de Direitos Humanos discutiu, em audiência pública, a importância da Fundação Cultural Palmares para o Brasil. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, autor do pedido de debate, deu início à reunião de comemoração dos trinta e três anos da organização, celebrado em vinte e dois de agosto, criticando o comportamento do atual presidente da fundação, Sérgio Camargo, que, na opinião de Paim, tem ido contra os objetivos da própria entidade: Ele praticamente tirou todas as referências do movimento negro do passado, presente e, se deixar, ele retira até do futuro já. Frases racistas são proferidas quase que diariamente. Infelizmente o espaço da Fundação Palmares tem sido usado para isso, nos dias de hoje, principalmente pelo seu presidente. Disse ele: “A escravidão foi terrível, mas benéfica para seus descendentes. Negros no Brasil vivem melhor do que os negros da África”. É lamentável. Eu não vou nem ler outras frases que estão aqui. O cantor e compositor, Martinho da Vila, que também participou da reunião, foi uma das figuras retiradas da lista de personalidades da Fundação Palmares, por Sergio Camargo. Martinho lamentou as ações do atual presidente da fundação: Um dos sonhos que eu tenho é que um dia, no Brasil, não haja necessidade de movimento negro. Que o racismo não precise de movimento negro. E que não precise de uma sessão como esta. Tudo isso aqui ainda é muito necessário. Vinculada ao Ministério da Cidadania, a Fundação Cultural Palmares é a primeira instituição pública voltada para a promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência da população negra no país. Sob supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Manuela Moura.