Especialistas defendem política de Estado para inovação em Saúde
Audiência na comissão Senado do Futuro (CSF) discutiu nesta sexta-feira (20) “O complexo econômico-industrial da saúde”. O presidente do colegiado, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), destacou que a pandemia mostrou a fragilidade da pesquisa no país. Participaram do debate Reginaldo Braga Arcuri, presidente Executivo do Grupo FarmaBrasil; Luis Lamb, secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul; e Carlos Augusto Grabois Gadelha, coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz Antônio Ivo de Carvalho.
Transcrição
ESPECIALISTAS DEFENDEM UMA POLÍTICA DE ESTADO PARA INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO PARA A ÁREA DE SAÚDE.
O DEBATE ACONTECEU NESTA SEXTA-FEIRA NA COMISSÃO SENADO DO FUTURO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
Os participantes defenderam o investimento forte em pesquisa e inovação para que o Brasil não dependa de importações. O presidente da comissão, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, disse que a pandemia de covid-19 mostrou a fragilidade brasileira em ciência, já que o país precisou buscar no exterior vacinas, medicamentos e equipamentos.
ós estamos sentindo agora, na pandemia, a falta que fez os investimentos na indústria brasileira, perdemos a capacidade de produzir, de produção de medicamentos e também equipamentos farmacêuticos. Então, a gente está muito dependente e o Brasil tem todo um potencial para desenvolver tudo isso.
Na visão do presidente executivo do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Braga, é preciso uma política de Estado para fortalecer a pesquisa científica no País.
Se o Brasil, realmente, precisa de alguma coisa que tenha constância, é o fluxo de recursos públicos para o desenvolvimento estrutural da Ciência no Brasil. E isso é condição também para que se possa ter continuidade de políticas que tem que ser cada vez mais políticas de Estado e não apenas políticas de governo.
O secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Luis Lamb, também defende uma estratégia de Nação para a tecnologia e inovação.
A ideia é, justamente, colocar o conhecimento em prol do desenvolvimento. Então, para a gente ter uma estratégia de desenvolvimento, nós precisamos, com urgência, convencer nosso país que investimentos em ciência, tecnologia e inovação não são meramente investimentos em pesquisa, mas que tecnologia e ciência é estratégico na economia e na geopolítica global, hoje em dia.
Ao destacar que a saúde envolve vários aspectos, como o meio ambiente, o coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, Carlos Gadelha, defendeu uma instância mediadora para aplicação do conhecimento.
A gente precisa de um espaço transnacional que tire o conhecimento que está na USP, na Paraíba, que está no Sul do país, ou seja, a gente só consegue tirar isso dos laboratórios e transformar em riqueza e desenvolvimento, se a gente tem esse meio de campo, essa base produtiva tecnológica e industrial, mas voltada à inovação.
A audiência discutiu “O complexo econômico-industrial da saúde”. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.