Necessidade de 3ª dose da vacina será debatida pela Comissão da Covid-19 — Rádio Senado
Pandemia

Necessidade de 3ª dose da vacina será debatida pela Comissão da Covid-19

A comissão que acompanha as ações de combate ao coronavírus vai discutir a necessidade de uma terceira dose da vacina na população já imunizada. Para o presidente do colegiado, Confúcio Moura (MDB-RO) é importante analisar quais grupos seriam os mais beneficiados pelo reforço. Um estudo no Brasil está avaliando a resposta imunológica da dose extra em 1.200 pessoas que já tomaram duas doses da Coronavac. A terceira dose já foi adotada na Alemanha, Israel, Emirados Árabes e Reino Unido.

04/08/2021, 13h12 - ATUALIZADO EM 04/08/2021, 13h12
Duração de áudio: 02:24
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Transcrição
A NECESSIDADE DE UMA TERCEIRA DOSE DA VACINA SERÁ TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DA COVID.  OS SENADORES QUEREM SABER QUAIS OS PERFIS E IDADES DO PÚBLICO QUE DEVEM RECEBER O REFORÇO DE MANEIRA A EVITAR DESPERDÍCIOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. A  comissão que acompanha as ações de combate à pandemia vai debater a necessidade de aplicação de uma terceira dose de vacina contra a Covid-19. Os senadores também querem ouvir especialistas sobre a possibilidade de um reforço na imunização a cada ano. Para o presidente da comissão, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, é preciso aguardar uma resposta definitiva da ciência.    Este é um assunto que os cientistas do mundo inteiro estão estudando. Avaliando nível de anticorpos circulantes nos organismos vacinados, o tempo de permanência dele em atividade. Há uma necessidade de aguardar, nada definitivo, nada é 100% garantido e tudo pode acontecer. Inclusive a terceira dose e mais ainda as doses subsequentes a cada ano. Os países que já aplicam a terceira dose se basearam em estudos que indicam que a imunidade diminui com o tempo. É o caso da Alemanha, que optou pelo reforço em idosos e pessoas com comorbidades. Israel e Emirados Árabes também já iniciaram a aplicação da dose extra e o Reino Unido anunciou nova vacinação de grupos de risco a partir de setembro em meio ao aumento da variante Delta. No Brasil, já há um estudo em andamento com 1.200 voluntários que tomaram duas doses da Coronavac. Eles serão divididos em grupos que tomarão um reforço de cada uma das três vacinas disponíveis no Brasil e uma terceira dose da própria Coronavac. Para Confúcio, é importante identificar os perfis e idades seriam mais beneficiados pela dose extra, para que o plano de vacinação seja mais eficiente. Se a imunidade for decaindo, lógico que precisa tomar uma terceira dose. Se ela não for duradoura, tem vacina que você toma uma vez e vai a vida toda com ela, não precisa mais de nenhuma dose. Mas essa é nova, e tudo foi feito muito rápido, a produção foi rápida, muitas vezes foi liberado de uma testagem em massa de comprovação de longo prazo como as tradicionais são.   Foram convidados para a audiência representantes do Ministério da Saúde e da Anvisa, pesquisadores da Fiocruz e do Butantan e a Doutora Natalia Pasternak, do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas.

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