CPI da Pandemia retoma os trabalhos com votação de requerimentos e tomada de depoimentos — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI da Pandemia retoma os trabalhos com votação de requerimentos e tomada de depoimentos

A CPI da Pandemia retoma os trabalhos nesta semana com a votação de 135 requerimentos. Entre eles estão os de convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para explicar a tentativa de mudança da bula da cloroquina, e do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco. A CPI também pedirá informações sobre a tentativa de compra da vacina indiana Covaxin e votar a quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.

02/08/2021, 13h46 - ATUALIZADO EM 02/08/2021, 19h38
Duração de áudio: 03:04
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A CPI DA PANDEMIA RETOMA OS TRABALHOS NESTA SEMANA COM OS DEPOIMENTOS DE PESSOAS ENVOLVIDAS NA COMPRA DE VACINAS. OS SENADORES TAMBÉM PODERÃO VOTAR MAIS DE CEM REQUERIMENTOS. ENTRE ELES, O DE CONVOCAÇÃO DO MINISTRO DA DEFESA E DE QUEBRAS DE SIGILOS DO LÍDER DO GOVERNO NA CÂMARA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Após duas semanas de recesso parlamentar, os senadores da CPI da Pandemia deverão votar nesta terça-feira mais de cem requerimentos. Entre eles estão os de convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para explicar a tentativa de mudança da bula da cloroquina e do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco. A CPI também pedirá informações sobre a tentativa de compra da vacina indiana covaxin e votar a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos deputados Luis Miranda, do Democratas do Distrito Federal, e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, do PP do Paraná. A Comissão também vai se manifestar sobre o pedido de afastamento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. No requerimento, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, argumenta que a chamada capitã cloroquina continua no cargo apesar de ser investigada e por ter mentido em depoimento prestado à Comissão. Mas o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, argumentou que esse pedido extrapola os poderes da CPI. Eu espero que esse tipo de requerimento sequer seja pautado porque vai totalmente contra a lógica da separação de Poderes. No dia que uma CPI tiver como prerrogativa determinar o afastamento cautelar de quem quer que seja é a inversão total dos Poderes, dos valores. Nós estamos num regime democrático, embora a CPI pareça estar uso quando o papel de outros Poderes, além do Executivo também do Judiciário. O primeiro depoimento da CPI previsto para esta terça-feira é o do reverendo Amilton Gomes. Presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, ele teria acesso livre ao Ministério da Saúde e intermediou a venda da vacina Astrazeneca. Segundo o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, o religioso atuava como lobista com conexões inclusive no Palácio do Planalto.   É tentar desvendar a rede de interesse da atuação de lobista dentro do Ministério da Saúde, partindo do exemplo da tentativa de venda de vacinas pela empresa Davati, que em verdade não dispunha de vacinas para a venda. Mas que chegou inclusive a ser achacada por funcionários do Ministério da Saúde que se diziam capazes de determinar essa venda. Na quarta-feira, a CPI vai ouvir o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco, envolvido na suposta cobrança de propina da tentativa de venda da Astrazeneca pela empresa Davati Medical Supply. E na quinta-feira, prestará depoimento Airton Cascavel, ex-assessor do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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