CPI vai retomar nesta quarta depoimento de diretora da Precisa

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A CPI DA PANDEMIA VAI RETOMAR NESTA QUARTA-FEIRA A OITIVA DA DIRETORA DA PRECISA MEDICAMENTOS, QUE SE RECUSOU A RESPONDER ÀS PERGUNTAS. A COMISSÃO TAMBÉM MARCOU PARA O MESMO DIA O DEPOIMENTO DO DONO DO LABORATÓRIO PARA EXPLICAR IRREGULARIDADES NO CONTRATO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, voltará à CPI da Pandemia nesta quarta-feira. Na primeira parte da sessão dessa terça-feira, ela se valeu do habeas corpus para permanecer em silêncio. Em resposta, a Comissão recorreu ao Supremo Tribunal Federal e o presidente, ministro Luiz Fux, decidiu que caberá à depoente definir os questionamentos que não vão autoincriminá-la e à Comissão as medidas para impedir o silêncio total. Mas diante da possibilidade de ser presa, ela anunciou que vai colaborar desde que o depoimento fosse adiado. Eu estou sem condições físicas e psicológicas. Não tem crime, não tem irregularidade. Eu estou disposta a esclarecer. (Eliziane) Amanhã, a senhora falaria tudo? Sim, sim, a minha intenção é colaborativa. (Omar) A senhora está convocada para amanhã às 9 horas da manhã. De posse da nova decisão do Supremo, o presidente da CPI, Omar Aziz, do PSD do Amazonas, alertou que poderá determinar a prisão por desobediência de quem não responder a perguntas mais genéricas. E anunciou o depoimento para esta quarta-feira também do dono da Precisa, Francisco Maximiano. Omar Aziz rebateu o argumento da exaustão de Emanuela Medrades. (Omar exaustão) Exaustos estamos todos nós, exaustos estão 534 mil brasileiros que perderam a vida e seus familiares. Exausto é a brincadeira que se fez no Brasil para comprar vacina. E a Precisa brincou de vender vacinas. A senhora está aqui por causa disso. Então, a exaustão sua não é um centímetro de uma mãe ou de um filho que chora a perda do pai ou dos seus filhos.  Apesar de defender que Emanuela Medrades respondesse às perguntas, o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, argumentou que a própria CPI impediu o depoimento quando transformou a diretora em investigada. E a Dra. Emanuela Medrades não é suspeita nem tem atribuições negociais, então a CPI, sem qualquer lastro, evidência ou suspeita quanto a ela, cometeu ato abusivo e constrangimento ilegal. Não se engane, Dra. Emanuela, V. Sa. está aqui na condição de investigada sim. No dia 30, esta CPI teve a iniciativa de quebrar o seu sigilo.  Emanuela Medrades foi a responsável por corrigir “falhas” nas notas fiscais para compra da vacina indiana. Entre elas, a tentativa de pagamento antecipado de US$ 46 milhões para uma terceira empresa com sede em paraíso fiscal, que não estava prevista no contrato. Da Rádio Senado, Hérica Christian.