Comissão Senado do Futuro debate educação profissional — Rádio Senado
Audiência pública

Comissão Senado do Futuro debate educação profissional

A Comissão Senado do Futuro (CSF) debateu a educação profissional e tecnológica. O Diretor-Geral do Departamento Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, informou que a média de jovens com curso profissional e a educação regular na União Europeia é de 46% contra 9% no Brasil. A representante do Ministério da Educação, Marilza Regattieri, considera que o ensino médio deve preparar para a universidade e mercado profissional. Ao defender a terceirização da educação profissional e tecnológica nas escolas públicas, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) pediu um projeto sobre o tema.

02/07/2021, 14h25 - ATUALIZADO EM 02/07/2021, 14h54
Duração de áudio: 02:34
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO QUER FORTALECER A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DE JOVENS. O ASSUNTO FOI DISCUTIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO SENADO DO FUTURO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Segundo o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Senai, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Rafael Lucchesi, o Brasil está muito aquém dos países desenvolvidos em relação à educação profissional. Enquanto a média de jovens com curso técnico e com a educação regular na União Europeia é de 46%, no Brasil, esse índice é de 9%. Ele ressaltou ainda que 91% da juventude brasileira tem formação geral, mas com baixa qualidade, o que reflete na desqualificação profissional.  Precisamos fazer um duplo esforço: melhorar a qualidade da educação e corrigir essa deficiência para que nós possamos fazer com que a escola brasileira dê identidade a todos os brasileiros e não criando um processo em que você cria um modelo de exclusão social porque essas pessoas vão ter que, depois, buscar, para além da sua formação educacional, uma profissão. Ao citar a oferta de três milhões de matrículas na educação profissional, que inclui cursos de pós-graduação, a representante do Ministério da Educação, Marilza Regattieri, disse que é preciso um ensino médio que prepare para o vestibular e para o mercado de trabalho. Quando a gente olha para a educação profissional, o Brasil ainda está com um contingente de matriculados muito baixo, muito abaixo em relação a outros países. E quando a gente também olha essa relação com a população total, então aí que nós vemos que há muito a se avançar em relação ao acesso à educação profissional no país.  Ao se dizer indignado com a situação do Brasil,  o presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, defendeu que as próprias escolas públicas ofereçam cursos profissionalizantes.  Isso aqui é uma questão de interesse nacional, era para ser prioridade das prioridades. Como implementar educação profissional na escola pública? Nós não temos infraestrutura, tem que ter prática, então tem que ter laboratório. Porque se o governo não tem condições de tocar, vamos terceirizar, vamos passar para o sistema S, para as escolas particulares, para as universidades particulares. Mas os nossos jovens não podem ficar como estão, totalmente fora, sem perspectiva, sem esperança.  Izalci Lucas pediu ao Ministério da Educação que envie proposta ao Congresso Nacional sobre educação profissional e Tecnológica. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

Ao vivo
00:0000:00