Senadores ouvem ministro da Educação sobre protocolo de volta às aulas — Rádio Senado
Audiência pública

Senadores ouvem ministro da Educação sobre protocolo de volta às aulas

Em reunião na Comissão Temporária da Covid-19, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu a volta às aulas presenciais, antes da vacinação de toda a população. Segundo ele, a retomada do ensino é consenso entre os países do G20, com os quais se reuniu no fim de junho. Para Styvenson Valentim (PODE-RN), as escolas públicas brasileiras não apresentam as mesmas condições sanitárias. 

01/07/2021, 15h10 - ATUALIZADO EM 01/07/2021, 19h40
Duração de áudio: 02:27
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
AO DEFENDER AULAS PRESENCIAIS, MINISTRO DA EDUCAÇÃO DIZ QUE NÃO SE PODE ESPERAR A VACINAÇÃO DE TODOS OSTRABALHADORES DAS ESCOLAS. SENADORES DA COMISSÃO DA COVID PEDEM CAUTELA COM COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS E COBRAM MAIS CONDIÇÕES DE HIGIENE NOS COLÉGIOS PÚBLICOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA Em reunião na comissão que acompanha as ações de combate à pandemia, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a defender a volta às aulas presenciais. Ele informou que, em um encontro com os ministros da educação do G20, na semana passada, o Brasil era um dos únicos países do mundo que ainda não havia reaberto as escolas. Milton reforçou que a falta de vacinação não foi um impeditivo no cenário internacional. Se a gente for esperar a vacinação de todas as crianças, aí vai surgir a ideia de vacinar os pais dessas crianças, porque afinal tem contato direto com as crianças... E aí indefinidamente, ninguém mais volta as aulas. Nós já somos os últimos a voltar. A conversa na Europa é essa, há o retorno das aulas presenciais com os cuidados, senão a vida ela vai parar.   Para o vice-presidente da comissão, senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, é preciso cautela na comparação com países europeus. Ele lembrou que a maioria dos colégios particulares foram reabertos, antes mesmo da vacinação dos professores. E pediu a instalação de estrutura sanitária nas escolas públicas para garantir a volta às aulas com segurança. É interessante que as escolas particulares voltaram às aulas bem antes e nem tomaram vacina os professores nem os alunos. Retornaram justamente porque tinham estrutura de higiene dentro da escola. Então parece que aquele professor que dá aula na escola pública, que não vai porque não tomou vacina, é o mesmo que dá aula na escola privada que também não tomou vacina, mas que tem uma estrutura. Já o presidente da comissão, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, cobrou um plano de retorno às aulas que estimule a presença dos alunos e evite a evasão escolar. Eles não querem mais voltar, então essa busca ativa, essa estratégia de trazer esses meninos de volta para a aula tem que ser um modelo muito interessante de motivação para eles voltarem, senão teremos uma geração desqualificada que irão para o subemprego ou para o crime. E isso é extremamente perigoso. A estimativa é que cerca de 7% dos alunos do Ensino Médio abandonaram a escola durante a pandemia e não pretendem retomar os estudos.

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