CPI da Pandemia analisa convocação do governador do Rio e quebras de sigilos de empresas e organizações sociais — Rádio Senado
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CPI da Pandemia analisa convocação do governador do Rio e quebras de sigilos de empresas e organizações sociais

A CPI da Pandemia deverá votar nesta terça-feira (21) mais de 50 requerimentos, entre eles os de convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e de quebras de sigilos de empresas de Carlos Wizard e de organizações sociais do Rio. Estão previstos para esta semana os depoimentos do deputado Osmar Terra (MDB-RS), do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e do assessor da presidência da República Filipe Martins. Na sexta-feira (25), será feita uma nova audiência pública com especialistas sobre a conduta do governo na pandemia. 

21/06/2021, 13h54 - ATUALIZADO EM 21/06/2021, 13h54
Duração de áudio: 03:18
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DA PANDEMIA PODE APROVAR A CONVOCAÇÃO DO GOVERNADOR DO RIO E QUEBRAS DE SIGILOS DE EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES SOCIAIS. LOC: OS SENADORES TAMBÉM VOU OUVIR DEPUTADO E REPRESENTANTE DE LABORATÓRIOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN (Repórter) Na pauta desta terça-feira estão 57 requerimentos. Poderão ser convocados o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe. Também será votado o convite para o governador do Piauí, Wellington Dias, prestar depoimento. Os senadores vão decidir sobre uma diligência para ouvir o ex-governador do Rio, Wilson Witzel, que na semana passada disse à CPI que teria revelações a fazer numa sessão secreta. A Comissão também poderá quebrar os sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Organizações Sociais responsáveis pela gestão de hospitais no Rio e de 12 empresas de Carlos Wizard, investigado por participar do suposto gabinete paralelo. Na semana passada, o presidente da CPI, senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, anunciou a condução coercitiva do empresário em resposta à ausência dele no depoimento. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, destacou a convocação de representantes do Facebook e do Google por postagens do presidente Jair Bolsonaro contra a saúde pública. (Randolfe Rodrigues) Não vamos pedir nada, queremos saber qual a providência. Nos Estados Unidos por conta de declarações antidemocráticas do senhor presidente da República, ele foi banido do Facebook. Nos Estados Unidos ocorreu isso. Aqui é mais grave. Não é só declaração antidemocrática, é declaração contra a saúde pública. Então queremos saber qual é o procedimento. Se existe um padrão para os Estados Unidos onde está a sede das empresas e se tem outro para o Brasil. Queremos saber isso. (Repórter) Ainda na terça-feira, está prevista a oitiva do deputado Osmar Terra, do MDB do Rio Grande do Sul. Defensor do tratamento precoce e da tese da imunidade de rebanho e contrário ao isolamento social, o parlamentar integraria o aconselhamento paralelo. Na quarta-feira, será ouvido o sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, sobre as negociações com o Ministério da Saúde para a importação da vacina indiana, mais cara e que na época da compra não tinha o registro na Anvisa. Na quinta-feira, será a vez do Assessor Internacional do presidente da República, Filipe Martins, responder a perguntas sobre tratativas para a aquisição do imunizante da Pfizer. Para o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, essa convocação não se justifica. ( Marcos Rogério) Vai servir apenas de palco para aquela cena de horror: acusações sobre gabinete paralelo. Ele só está vindo aqui porque houve uma fala, uma menção de que ele teria participado de uma reunião com representantes da Pfizer. E é papel dele, a reunião estava acontecendo, ele é servidor do Palácio e participou. Qual é o crime nisso? Isso justifica uma convocação? Se for isso que eles chamam de gabinete por que não convocaram o Silas Malafaia, que aconselha o presidente? A CPI não procura evidências, a CPI procura narrativas. (Repórter) Na sexta-feira, haverá uma audiência pública com a diretora-executiva da Anistia Internacional e Coordenadora do Movimento Alerta, Jurema Werneck, e o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, sobre as ações do governo na pandemia.

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