Proibição de despejo até fim do ano pode ser votada esta semana — Rádio Senado
Votações

Proibição de despejo até fim do ano pode ser votada esta semana

O Plenário deve votar esta semana o PL 827/2020, que suspende o cumprimento de medida judicial, extrajudicial ou administrativa que resulte em desocupação ou remoção forçada coletiva em imóveis privados ou públicos, urbanos ou rurais, até 31 de dezembro de 2021. Fica igualmente suspensa a concessão de liminar em ação de despejo por incapacidade de pagamento de aluguel. O adiamento se deu em razão do prolongamento da votação da MP da privatização da Eletrobras.


17/06/2021, 20h11 - ATUALIZADO EM 21/06/2021, 20h07
Duração de áudio: 02:41
Rovena Rosa/Agência Brasil

Transcrição
LOC: O PLENÁRIO ADIOU PARA A PRÓXIMA SEMANA A VOTAÇÃO DO PROJETO QUE IMPEDE O DESPEJO E A DESOCUPAÇÃO DE IMÓVEIS ATÉ O FIM DE 2021. LOC: A PROPOSTA SUSPENDE ATOS PRATICADOS DESDE 20 DE MARÇO DE 2020, COM EXCEÇÃO DOS JÁ FINALIZADOS. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO TÉC: A votação já havia sido adiada para que o projeto pudesse ser mais bem discutido em uma sessão temática. Agora, o adiamento ocorreu pelo prolongamento da votação da MP da privatização da Eletrobrás. Conforme a proposta, ficam suspensos até 31 de dezembro de 2021 os efeitos de atos ou decisões judiciais, extrajudiciais ou administrativos, editados ou proferidos, desde a vigência do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo 6, de 20 de março de 2020, até um ano após o seu término, e que imponham a desocupação ou a remoção forçada coletiva de imóvel e a concessão de liminar em ação de despejo, por falta de pagamento de aluguel, por exemplo. Pela proposta, a suspensão dos despejos só será possível para contratos cujo valor mensal do aluguel não seja superior a R$ 600, em caso de locação de imóvel residencial; e a R$ 1.200 para locação de imóvel não residencial. O locatário também precisa demonstrar que a sua situação econômico-financeira foi prejudicada em razão das medidas de enfrentamento à pandemia, resultando na incapacidade de pagamento do aluguel. O relator, senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, afirmou que o projeto trata de uma questão de vida ou morte (Jean Paul Prates) Trata-se de um problema de grande urgência e, sim, de vida ou morte. Vou dar números a isso. Mais de 15 mil famílias, portanto, em torno de 60 mil pessoas, foram desalojadas entre março e junho de 2020. Isso é apenas uma amostra de três meses de pandemia, em 2020. A estimativa da Campanha Despejo Zero é de que mais de 85 mil famílias estão ameaçadas atualmente por algum tipo de remoção, seja por depressão econômica com condição de pagamento, seja por falta de abrigo mesmo não pago, porque ocuparam de alguma forma algum tipo de abrigo precário. (Rep) No caso das desocupações coletivas, a suspensão da reintegração de posse vale apenas para as ocupações ocorridas até 31 de março de 2021. O projeto retorna à pauta do Plenário nos próximos dias. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro (PL) 827/2020

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