Plenário analisa MP que permite privatização da Eletrobras — Rádio Senado
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Plenário analisa MP que permite privatização da Eletrobras

O Senado vota hoje (17) a medida provisória que permite a privatização da Eletrobras (MP 1031/2021). Senadores criticaram mudanças feitas pela Câmara dos Deputados, que obrigam a contratação de termelétricas. A avaliação é que essa modificação terá impacto na conta de luz. Mesmo os favoráveis a privatizações consideram que o prazo é curto para analisar uma proposta tão complexa, que perde a validade no dia 22/06.

16/06/2021, 21h07 - ATUALIZADO EM 22/06/2021, 21h53
Duração de áudio: 01:48
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Transcrição
LOC: O SENADO VAI VOTAR NESTA QUINTA-FEIRA, EM SESSÃO MARCADA PARA AS DEZ DA MANHÃ, A MEDIDA PROVISÓRIA QUE PERMITE A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS. LOC: A EMEPÊ FOI CRITICADA POR VÁRIOS SENADORES, QUE QUESTIONAM MUDANÇAS INTRODUZIDAS NA CÂMARA, QUE PODEM AUMENTAR A CONTA DE LUZ. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: A medida provisória permite a chamada desestatização da Eletrobras, por meio da emissão de novas ações da empresa na Bolsa de Valores, resultando na perda do controle acionário da União. A oposição é contrária à privatização desde a origem, lembrando que a estatal é estratégica, pois é responsável por um terço da capacidade de geração do país e cerca de metade das linhas de transmissão de eletricidade. As maiores críticas, no entanto, são suprapartidárias, e direcionadas a mudanças introduzidas na Câmara dos Deputados. O líder da minoria, Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, diz que a obrigação de contratação de termelétricas vai aumentar a tarifa de energia. (Jean Paul Prates) Os chamados jabutis, que são nada mais do que criação de grupos de interesses, cada um criou o seu nicho, a sua reserva de mercado. E todos os três jabutis mais o descomissionamento das usinas – não precisa fazer cálculo – os quatro indicadores levam a tarifa para cima, ou seja, a tarifa vai subir, no mínimo, três vezes no médio prazo, se não mais do que isso no longo prazo. (Repórter) A líder da Bancada Feminina, Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, defendeu que a proposta é inconstitucional porque obriga a União a manter garantias mesmo depois da venda, e diz que os custos da energia vão impactar toda a inflação no País. (Simone Tebet) Ela aumenta a conta de quem produz, do agronegócio, da indústria. A indústria não vai suportar absorver esse custo, vai jogar no preço dos produtos e, de novo, a corda vai arrebentar pelo lado mais fraco. O consumidor, todos nós vamos pagar duas vezes. Vamos pagar no preço da energia elétrica mais cara e vamos pagar na cesta básica e nos produtos que vamos adquirir, porque estará embutido ali o preço da energia. (Repórter) Vários senadores disseram que mesmo sem entrar no mérito da emepê, o prazo é muito curto para analisar uma proposta tão complexa, que perde a validade no dia 22 de junho, em menos de uma semana. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso. MP 1031/2021

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