Natália Pasternak compara vacinas a goleiros: não são infalíveis, desempenho depende também de uma boa defesa — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Natália Pasternak compara vacinas a goleiros: não são infalíveis, desempenho depende também de uma boa defesa

Para explicar a eficácia de vacinas, a microbiologista Natália Pasternak usou um exemplo do futebol: "vacinas são como goleiros, não são infalíveis, mas o desempenho depende também de uma boa defesa". Em participação na CPI da Pandemia nesta sexta-feira (11), ela comparou a defesa no futebol às medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e distanciamento social.

11/06/2021, 11h33 - ATUALIZADO EM 11/06/2021, 11h33
Duração de áudio: 01:55
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Transcrição
LOC: VACINAS SÃO COMO GOLEIROS, NÃO SÃO INFALÍVEIS, MAS O DESEMPENHO DEPENDE TAMBÉM DE UMA BOA DEFESA, AFIRMA A MICROBIOLOGISTA NATÁLIA PASTERNAK. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) Para explicar na CPI da Pandemia a eficácia de vacinas, a microbiologista Natália Pasternak usou um exemplo do futebol: (Natália Pasternak) eu costumo dar o exemplo sempre do jogo de futebol e do goleiro. Como é que a gente sabe que um goleiro é um bom goleiro? A gente olha o histórico dele, que é a eficácia do goleiro. A frequência com que ele pega a bola. Se ele tem um bom histórico, uma boa eficácia nos testes clínicos, ele é um bom goleiro mas isso não quer dizer que ele é infalível, não quer dizer que ele é invicto, não quer dizer que ele nunca vai tomar gol. E se a gente olha para um único jogo onde ele tomou um frango e fala, ih, esse cara tomou frango, ele é uma porcaria. Não, ele não é uma porcaria, ele é um bom goleiro, ele só não é infalível. E se ele tem uma defesa do time que é droga que não serve pra nada, que não usa máscara, que não faz distanciamento social, que não respeita as medidas preventivas, vai ter tanta bola vindo pro gol, vai ter tanto vírus circulando? Que a probabilidade dele errar é muito maior. Então, uma boa vacina, ela é um bom goleiro. Ela pode ser muito boa, mas ela não é infalível. E se tiver muita bola pro gol, muito vírus circulando, a probabilidade dela falhar é maior. Então, a gente precisa reforçar a defesa do time. A gente precisa ter o bom goleiro, que é uma boa vacina, mas também precisamos ter uma boa defesa do time. Tudo isso em conjunto, vai nos levar a um momento no futuro, onde a curva da doença vai decair e vai permitir, então, que a gente relaxe as medidas de quarentena. Esse momento, Senador, ainda não chegou. E quando você tem o chefe da nação, fingindo que esse momento chegou, isso confunde a população, nós não precisamos de uma população confusa, nós precisamos de uma população esclarecida. (Repórter) Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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