Junho é o mês da conscientização ambiental — Rádio Senado
Meio Ambiente

Junho é o mês da conscientização ambiental

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. No Senado, será inaugurado o Junho Verde, campanha de conscientização ambiental durante todo o mês, como destacou o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Jacques Wagner (PT-BA). Para Fabiano Contarato (REDE-ES), é preciso que o Legislativo fiscalize as ações do Governo.

02/06/2021, 20h10 - ATUALIZADO EM 02/06/2021, 20h10
Duração de áudio: 03:50
Pedro Ventura/Agência Brasília

Transcrição
LOC: CINCO DE JUNHO É O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE. E O BRASIL ESTÁ NO CENTRO DO DEBATE INTERNACIONAL SOBRE A PRESERVAÇÃO DAS FLORESTAS. LOC: NO SENADO, O MÊS SERÁ DEDICADO ÀS AÇÕES DE CONCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: Neste Dia Mundial do Meio Ambiente o Senado promove, pela primeira vez, o Junho Verde. O mês será dedicado às ações de conscientização ambiental, como lembrou o presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Jaques Wagner, do PT da Bahia. (Jaques) Nós vamos transformar o mês de junho inteiro em um mês de conscientização sobre a questão ambiental. Na comissão de Meio Ambiente vamos fazer audiências públicas, lançar o fórum do meio ambientar que vai contribuir para a formulação de uma legislação que aponte para a economia verde, que hoje é o centro da agenda internacional. O junho verde chegou e chegou para ficar para que a consciência ecológica brote e se solidifique na cabeça de todos nós. (REP) A comissão irá discutir, entre outros temas, a alimentação saudável e os modelos para uma agricultura sustentável. Na campanha também está prevista a divulgação de informações sobre o estado de conservação dos biomas brasileiros. Na Amazônia, acaba de ser registrado, em abril, o maior desmatamento na região dos últimos dez anos. A floresta perdeu 778 quilômetros quadrados, segundo o Imazon, que monitora a região via satélite. Na Mata Atlântica, o desmatamento aumentou 400% no Espírito Santo e em São Paulo entre 2019 e 2020. Para o senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, é importante aproveitar o Dia Mundial para refletir sobre as ações do Governo relacionadas à agenda ambiental. (Contarato) Nosso mandato teve que recorrer várias vezes ao Judiciário conseguindo barrar ações e omissões do Ministério do Meio Ambiente, que favoreciam o desmatamento, as queimadas, a exploração de áreas indígenas. O Legislativo mais do que nunca tem que fiscalizar o governo para preservar o aparto legal que Bolsonaro pretende derrubar junto com nossas florestas. (REP) Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo a abertura de um inquérito para investigar o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles. A Polícia Federal apura suspeita em um esquema para facilitar a exportação de madeira ilegal para os Estados Unidos. Dez funcionários da pasta e do Ibama já foram afastados. Entre as propostas ambientais que tramitam no Senado, está a que altera as regras fundiárias em terras da União e do Incra. O autor da proposta, senador Irajá do PSD do Tocantins, defende que a medida vai fortalecer o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais. Isso porque, ao atrelar um número de CPF às terras, os verdadeiros autores de crimes ambientais serão mais facilmente identificados, como explicou Irajá. (Irajá) É uma oportunidade ímpar de aprovarmos um marco regulatório que seja verdadeiramente uma oportunidade para as pessoas que esperam a décadas terem o título definitivo da sua terra. E claro, como dono da terra ser um grande cumpridor das leis. Uma terra sem dono é uma terra sem lei. (REP) Dados do Inesc, o Instituto de Estudos Socioeconômicos, apontam que o Ministério do Meio Ambiente já editou pelo menos 317 atos oficiais que colocam a política ambiental brasileira em risco. Uma iniciativa internacional de pagamento pela conservação das florestas foi anunciada durante a Cúpula do Clima, em abril, com investimentos privados. Mas, para receber o dinheiro é preciso demonstrar uma redução no histórico de desmatamento, o que deve excluir o Brasil do grupo de beneficiários. O País também está sem receber o Fundo Amazônia desde 2019, com quase três bilhões de reais paralisados. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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