Senado aprova ensino bilíngue em escolas de surdos — Rádio Senado
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Senado aprova ensino bilíngue em escolas de surdos

O Senado aprovou nesta terça-feira (25) o projeto que inclui novos itens na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para qualificar a educação bilíngue de surdos como uma modalidade de ensino independente. A educação bilíngue, nesse caso, tem a Língua Brasileira de Sinais como primeira língua e o português escrito como segunda língua.

25/05/2021, 21h08 - ATUALIZADO EM 25/05/2021, 21h08
Duração de áudio: 02:06
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADO APROVA ENSINO BILÍNGUE EM ESCOLAS DE SURDOS. LOC: A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS SERIA A PRIMEIRA LÍNGUA E O PORTUGUÊS ESCRITO, A SEGUNDA. REPÓRTER PEDRO PINCER. TÉC: O Senado aprovou nesta terça-feira o projeto que inclui novos itens na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para qualificar a educação bilíngue de surdos como uma modalidade de ensino independente. A educação bilíngue, nesse caso, tem a Língua Brasileira de Sinais como primeira língua e o português escrito como segunda língua. De autoria do senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, o texto determina que os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos surdos materiais didáticos e professores bilíngues com formação adequada. O relator, Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, ressaltou o caráter inclusivo da proposta. (Styvenson Valentim) A implementação das escolas bilíngues para surdos tem, assim, significativo potencial para contribuir efetivamente para a inclusão de fato dessas pessoas nas escolas brasileiras, pois leva em conta as especificidades linguísticas, culturais e identitárias de surdos, surdocegos, com deficiência auditiva sinalizantes, com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas. O projeto também estabelece que a oferta de educação bilíngue deve começar já no início da educação infantil. A sessão temática a respeito desse projeto foi a primeira que o Senado realizou de maneira totalmente acessível. Além da expressão em Libras, a sessão remota contou com interpretação de voz, audiodescrição, legendagem, bem como o Tadoma, método em que a pessoa surdo-cega faz leitura tátil para compreender quem fala. O presidente Rodrigo Pacheco elogiou a iniciativa. (Rodrigo Pacheco) Essas ações revelam a preocupação do Senado Federal em garantir a plena participação democrática a todos os cidadãos, independentemente de suas eventuais limitações. Mais uma vez o Senado Federal assume um papel de destaque entre as instituições do Estado brasileiro, com atuação marcada pelo espírito público e pelo compromisso com a acessibilidade. O projeto segue para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

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