Presidente da Anvisa não descarta liberação da Sputnik V e confirma sugestão de alteração da bula da cloroquina — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Presidente da Anvisa não descarta liberação da Sputnik V e confirma sugestão de alteração da bula da cloroquina

Alterações na bula da cloroquina, tratamento precoce e liberação da vacina russa Sputnik V. Esses foram alguns dos assuntos abordados nesta terça-feira (11) durante o depoimento do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, na CPI da Pandemia.

11/05/2021, 19h37 - ATUALIZADO EM 11/05/2021, 19h37
Duração de áudio: 02:58
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DA ANVISA NÃO DESCARTA LIBERAÇÃO DA SPUTNIK V E CONFIRMA SUGESTÃO DE ALTERAÇÃO DA BULA DA CLOROQUINA LOC: ANTONIO BARRA TORRES FOI OUVIDO NESTA TERÇA-FEIRA NA CPI DA PANDEMIA. REPÓRTER PEDRO PINCER. TÉC: Alterações na bula da cloroquina, tratamento precoce e liberação da vacina russa Sputnik V. Esses foram alguns dos assuntos abordados nesta terça-feira durante o depoimento do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, na CPI da Pandemia. Ele confirmou a versão apresentada pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta de que houve uma sugestão para alteração da bula da cloroquina para indicá-la ao combate da covid-19. Segundo a testemunha, o episódio ocorreu numa reunião no Palácio do Planalto, que contou com a participação do então chefe da Casa Civil, general Braga Netto. Ele explicou que a alteração seria impossível, pois só quem pode modificar uma bula de um medicamento registrado é a agência reguladora do país de origem, desde que solicitado pelo detentor do registro. Questionado pelo relator, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, sobre o tratamento precoce, o presidente da Anvisa lembrou que o vírus já demonstrou que quando chega ao pulmão reduz bastante as chances de cura do paciente, daí a necessidade do diagnóstico rápido. Ele afirmou que o tratamento não inclui a cloroquina. (Antonio Barra Torres) A minha posição sobre o tratamento precoce da doença não contempla essa medicação, por exemplo – não contempla –, e contempla, sim, a testagem, o diagnóstico precoce e, obviamente, a observação de todos os sintomas que a pessoa pode ter e tratá-los, combatê-los o quanto antes. Essa doença mostra que, quando ela acomete nível pulmonar, já é um pouco tarde para atuar, os resultados são muito ruins no diagnóstico de médio prazo e tardio. REP: Vários senadores questionaram Barra Torres sobre a liberação da vacina russa Sputnik V. A Anvisa está com a análise parada, segundo Barra Torres, para que o fornecedor, por meio de seu representante, a União Química, forneça uma série de informações que estão faltando. O senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, elogiou a cautela da agência. (Marcos Rogério) Vimos que a Anvisa tem sido bastante criteriosa com os requisitos técnicos para a aprovação de vacinas contra a Covid-19, como demonstra o recente caso dessa vacina, a Sputnik V. Não há dúvida de que os procedimentos da agência visam a garantir a eficácia e a eficiência do imunizante, bem como a segurança da saúde dos brasileiros. O diretor da Anvisa também afirmou ser contrário à tese da imunidade de rebanho e às aglomerações. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, se disse contente com a posição de Barra Torres. (Humberto) Fiquei muito feliz por saber que existe alguém no Governo – de toda sorte, a agência é vinculada ao Governo – que condena a prática do Presidente da República de fazer aglomerações, de andar sem máscara e de disseminar o vírus. O Governo expôs o povo brasileiro à doença e à morte, cometendo um crime de dolo eventual, porque sabia que poderíamos chegar a isso.. Ao encerrar a reunião, o presidente da CPI, senador Omar Aziz, do MDB do Amazonas, disse que ficou claro o posicionamento da Anvisa a favor da ciência. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

Ao vivo
00:0000:00