Endividamento vai a 87% do PIB para custear pandemia, alerta Ministério da Economia — Rádio Senado
Pandemia

Endividamento vai a 87% do PIB para custear pandemia, alerta Ministério da Economia

A Comissão da Covid-19 debateu a situação fiscal do país e a execução do orçamento com ações de combate à doença. O representante do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, previu um endividamento do país para financiar medidas de enfrentamento à pandemia de 87% do PIB, em 2021. Já os senadores defendem o combate aos privilégios de setores mais ricos da sociedade para ajudar a financiar os gastos.

03/05/2021, 16h26 - ATUALIZADO EM 03/05/2021, 16h26
Duração de áudio: 02:30
Reprodução/Tv Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DA COVID-19 DEBATEU A SITUAÇÃO FISCAL E A EXECUÇÃO DE AÇÕES DE COMBATE À DOENÇA. LOC: O MINISTÉRIO DA ECONOMIA PREVIU O ENDIVIDAMENTO DO PAÍS PARA FINANCIAR AS MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO À PANDEMIA. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. TEC: Em audiência na Comissão da covid-19, o representante do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, disse que o país deve sofrer com endividamento de cerca de 87% do PIB em 2021, para suportar o financiamento de medidas de enfrentamento à pandemia, como o pagamento do auxílio emergencial, ações para manutenção de empregos, despesas relacionadas à saúde e transferências de recursos para estados e municípios. (WALDERY) As políticas que devem ser implementadas nos colocarão em um patamar, em 2021, de endividamento bruto da ordem de 87,2. É um patamar elevado que requer uma atenção bastante diligente, para que esse endividamento não tenha custos em termos da capacidade de resposta do setor público às ações que serão necessárias tanto para dinamizar a atividade econômica, como também para zelar pelas políticas sociais. Rep: A senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, destacou a necessidade de acabar com privilégios fiscais dos setores mais ricos da sociedade brasileira para que o país possa superar a crise econômica. (ZENAIDE) não seria a hora de essa austeridade fiscal, sair, principalmente, de cima dos trabalhadores e passar a pegar os privilegiados deste País? Vamos tirar dos privilegiados. Então, eu queria saber se não teria como chamar esses grandes privilegiados, para, pelo menos no momento de pandemia, diminuir as renúncias fiscais desse povo. Rep: E o senador Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina, defendeu a avaliação dos resultados das isenções fiscais a setores da economia. (AMIN) A perda da União na proposta para 2022 é de R$365 bilhões, que ou não arrecadamos ou subsidiamos sem avaliar. É como se fosse uma mesada que o País dá todos os anos, automaticamente, sem recibo, sem saber o que o sujeito fez com isso, se beneficiou o trabalhador, se gerou ou conservou empregos, se ajudou a que o setor ficasse mais competitivo ou se o consumidor ganhou alguma coisa. Rep: Na reunião também foram aprovados requerimentos para realizar novas audiências públicas sobre temas como campanhas de comunicação sobre a pandemia, modificações no plano nacional de imunização e o impacto negativo do corte do orçamento de ciência e tecnologia, com a participação do ministro Marcos Pontes. Os encontros ainda não têm data marcada. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

Ao vivo
00:0000:00