Médicos que fizeram experiência de nebulização de hidroxicloroquina em Manaus serão ouvidos pelo Senado — Rádio Senado
Pandemia

Médicos que fizeram experiência de nebulização de hidroxicloroquina em Manaus serão ouvidos pelo Senado

Médicos que fizeram experiência com nebulização de hidroxicloroquina em Manaus serão ouvidos pela Comissão de Acompanhamento de Ações contra a Covid-19. Uma das pacientes que fez parte da experiência morreu um dia após a inalação. O requerimento (RQS 51/2021) foi apresentado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

20/04/2021, 14h44 - ATUALIZADO EM 20/04/2021, 14h44
Duração de áudio: 01:49
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Transcrição
LOC: A COMISSÃO DO SENADO DA COVID-19 VAI OUVIR MÉDICOS QUE APLICARAM UMA TÉCNICA EXPERIMENTAL DE NEBULIZAÇÃO DE HIDROXICLOROQUINA EM MANAUS. LOC: UMA DAS PACIENTES TRATADA COM ESSE PROTOCOLO FALECEU UM DIA APÓS A INALAÇÃO DO MEDCIAMENTO. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) A Comissão do Senado de Acompanhamento de ações contra a Covid-19 deve ouvir os médicos Michelle Chechter e Gustavo Maximiliano Dutra sobre um procedimento experimental de nebulização de hidroxicloroquina para tratamento contra o novo coronavírus. Uma das pacientes tratadas faleceu um dia após a inalação do remédio. O pedido de oitiva dos médicos é da senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão. O assunto já foi tratado na Comissão durante audiência com a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo. A senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, questionou o que pode acontecer e os limites para esse tipo de procedimento. (Kátia Abreu) E gostaria que a senhora explicasse um pouquinho mais, porque é uma notícia nova, sobre esta questão de Manaus: a utilização por nebulização da cloroquina sem a menor autorização – que a senhora esclarecesse um pouco mais, do ponto de vista técnico, como isso pôde ocorrer? (Repórter) Margareth Dalcomo explicou que existem diversos passos a serem seguidos para uma experiência como essa. E ressaltou que o termo de consentimento feito no experimento de Manaus é precário. (Margareth Dalcomo) E a Conep exarou uma manifestação extremamente bem fundamentada assinada pelo Presidente da Conep, Dr. Jorge Venancio, pontuando claramente que a Conep inclusive propõe que sejam investigadas as razões pelas quais esses colegas se deslocaram de São Paulo para Manaus para arbitrarem, obtendo de maneira absolutamente equivocada também o que eles chamaram de termo de consentimento, que é um papel assinado por alguém que está longe de ser um termo de consentimento livre assinado pelos familiares quando o paciente não está em condições de fazê-lo. (Repórter) A data da audiência com os médicos ainda será marcada. A Organização Mundial da Saúde já concluiu que a hidroxicloroquina não funciona no tratamento contra a covid-19. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende

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