Sem auxílio emergencial, Norte e Nordeste serão as regiões com maior perda de renda em 2021 — Rádio Senado
Economia

Sem auxílio emergencial, Norte e Nordeste serão as regiões com maior perda de renda em 2021

O auxílio emergencial chegou ao fim no dia 31 de dezembro de 2020 e terá o saque da última parcela do benefício no dia 27 de janeiro deste ano. O fim do auxílio terá grande impacto em diversos lares brasileiros, em especial nas regiões Norte e Nordeste, que, segundo previsões, terão queda na renda e crescimento abaixo da média nacional em 2021. A reportagem é de Lara Kinue.

11/01/2021, 17h27 - ATUALIZADO EM 11/01/2021, 17h27
Duração de áudio: 02:02
Leonardo Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: UMA PESQUISA FEITA PELA CONSULTORIA TENDÊNCIAS INDICOU QUE AS ECONOMIAS DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE SERÃO AS MAIS AFETADAS COM O FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL. LOC: A EXPECTATIVA É DE QUE AS REGIÕES TENHAM CRESCIMENTO INFERIOR À MÉDIA NACIONAL. A REPORTAGEM É DE LARA KINUE (Repórter) O fim do auxílio emergencial terá grande impacto na vida de diversos brasileiros. Segundo o IBGE, o número total de pessoas em situação de extrema pobreza no país pode alcançar, em 2021, o pior índice da história da pesquisa, com um total de 17,3 milhões de indivíduos. As regiões Norte e Nordeste, que receberam quase 43% dos recursos do auxílio, serão as mais afetadas pelo fim do benefício. Projeções da Consultoria Tendências estimam que estas regiões terão uma forte queda na renda e um crescimento mais baixo do que a média nacional neste ano. O senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, lamentou os índices negativos das duas regiões, e destacou que os parlamentares estão em busca de alternativas para o auxílio emergencial. (Confúcio Moura) Logicamente, as regiões que serão mais impactadas negativamente com o fim do auxílio emergencial serão as regiões norte e nordeste, porque tradicionalmente são as regiões mais deprimidas do Brasil. Estamos dispostos a encarar esse desafio que é a criação de uma renda alternativa, que ainda não está desenhada na cabeça do governo, mas que já existem inúmeras outras iniciativas de senadores e deputados federais tramitando. (Repórter) Já o senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, destacou a necessidade de políticas de incentivo por parte do governo para que essas regiões sejam amparadas. (Alessandro Vieira) Particularmente aqui na região Nordeste, a carência aumenta cada vez mais porque você não teve uma recuperação da atividade econômica tão efetiva. É preciso que a gente tenha uma política de incentivos mais consistente por parte do governo federal para que a gente possa ter essa retomada. Sem isso, são milhões de brasileiros que ficam expostos sem nenhum tipo de proteção ou fonte de renda. (Repórter) No ano passado, o Renda Brasil chegou a ser apresentado pelo governo como sucessor do auxílio emergencial e do Bolsa Família, mas o projeto não se concretizou após problemas em relação à fonte de receita para o novo programa.

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