IFI revisa queda no PIB em 2020 de 6,5% para 5% — Rádio Senado
Economia

IFI revisa queda no PIB em 2020 de 6,5% para 5%

A Instituição Fiscal Independente revisou a queda do PIB em 2020 de 6,5 para 5%. A expectativa é que a economia também cresça um pouco mais que o previsto no próximo ano. Apesar das boas notícias, o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, alerta que teto de gastos tem risco elevado de ser rompido em 2021. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

17/11/2020, 12h53 - ATUALIZADO EM 17/11/2020, 12h53
Duração de áudio: 01:46
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE REVISOU A QUEDA DO PIB NESTE ANO DE SEIS E MEIO PARA 5 POR CENTO. A EXPECTATIVA É DE CRESESCIMENTO NO PRÓXIMO ANO. LOC: APESAR DAS BOAS NOTÍCIAS, IFI ALERTA QUE TETO DE GASTOS TEM RISCO ELEVADO DE SER ROMPIDO NO ANO QUE VEM. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) A queda do PIB neste ano tem sido revisada por vários organismos, como o FMI, FGV e o próprio governo. O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto, prevê agora que a economia deve encolher 5% neste ano e não mais seis e meio por cento previstos há dois meses. Isso porque as medidas de restrição à circulação tomadas no início da pandemia acabaram mais cedo e o auxílio emergencial durou mais do que o esperado. Mas Felipe Salto diz que o cenário de 2021 ainda é muito incerto. (Felipe Salto) E daí se coloca também a discussão a respeito da retirada desses estímulos não só do ponto de vista social, mas do ponto de vista da recuperação da economia no ano que vem, após uma queda de 5% neste ano a expectativa da isso é que o PIB cresça 2,8% no ano que vem. (Repórter): Segundo Felipe Salto, outra boa notícia é que a expectativa do déficit primário caiu de 877 para 779 bilhões de reais. (Felipe Salto) Melhorou porque nós revisamos algumas despesas por ano que vem com por exemplo a trajetória dos gastos previdenciários já incorporando e revisando a modelagem, as estimativas que vem daquela modelagem do próprio governo que a IFI replicou no ano passado em diversos estudos, e essa revisão mostra que o gasto Previdenciário tende a ficar estável ao longo dos próximos dez anos. (Repórter) A IFI, entretanto, mantém o alerta de que é alto o risco de o Brasil extrapolar o teto de gastos no próximo ano e que a dívida bruta deve atingir os 93% do PIB no ano que vem e superar os 100% em 2024.

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