Senado aprova acordo com banco asiático e relator critica nível de recursos da operação
Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (5) o texto do Acordo Constitutivo do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, celebrado em Pequim, em 29 de junho de 2015. Segundo o a mensagem do Poder Executivo, ao ingressar no acordo, as empresas brasileiras poderão ter acesso a uma plataforma de negócios na Ásia, importante região para o crescimento econômico mundial e com grande demanda de investimentos em infraestrutura. O repórter Pedro Pincer tem os detalhes.
Transcrição
LOC: SENADO APROVA ACORDO INTERNACIONAL COM BANCO ASIÁTICO
LOC: EMPRESAS BRASILEIRAS PODERÃO TER ACESSO A UMA PLATAFORMA DE NEGÓCIO EM UMA IMPORTANTE REGIÃO PARA O CRESCIMENTO ECONÔMICO MUNDIAL. REPÓRTER PEDRO PINCER:
TÉC: Os senadores aprovaram o texto do Acordo Constitutivo do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, celebrado em Pequim, em 29 de junho de 2015. O foco do banco é a promoção de ações de infraestrutura sustentável, como energia, transporte, telecomunicações, infraestrutura rural e desenvolvimento agrícola, saneamento, proteção ambiental, desenvolvimento urbano e logística. Segundo o Poder Executivo, ao ingressar no acordo, as empresas brasileiras poderão ter acesso a uma plataforma de negócios na Ásia, importante região para o crescimento econômico mundial e com grande demanda de investimentos em infraestrutura. Para o Brasil, o capital autorizado era de três bilhões, cento e oitenta e um milhões de dólares, mas as atuais limitações fiscais do governo levaram à reavaliação do nível de participação brasileira. O novo montante equivale a cinco milhões de dólares. O relator, senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, diz que o acesso do país a financiamentos pode ficar prejudicado.
(Jean Paul Prates) Lamentando apenas essa questão da pequena participação, eu considero menos do que simbólica, eu considero até desprezível a participação que nós colocamos, mas esperando aí que o governo reconsidere essa decisão a tempo de que nós não percamos essa oportunidade que sempre existe no início da existência de uma entidade multilateral como essa.
(REP): Jean Paul destaca que a redução do compromisso brasileiro pode sinalizar certo menosprezo à importância do banco, o que pode trazer desdobramentos negativos nas estratégicas relações bilaterais com a China. Além do Brasil, outros cinquenta e seis países assinaram o tratado e se encontram na condição de membros fundadores em potencial. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.
