Proibição de entrada de brasileiros nos EUA mostra que Brasil erra no combate à covid-19, diz Trad — Rádio Senado
Covid-19

Proibição de entrada de brasileiros nos EUA mostra que Brasil erra no combate à covid-19, diz Trad

A partir desta sexta-feira (29), brasileiros e pessoas que estiveram no Brasil estão proibidas de entrar nos Estados Unidos. A decisão foi tomada neste domingo (25) pelo presidente Donald Trump para proteger a população americana do novo coronavírus, já que o Brasil é o segundo país no mundo com mais casos de covid-19. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) disse que é uma decisão protocolar sanitária, que não interfere nas relações diplomáticas entre os dois países. E na avaliação do presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), a medida mostra que o Brasil precisa melhorar o enfrentamento à covid-19. Reportagem Iara Farias Borges.

25/05/2020, 15h24 - ATUALIZADO EM 25/05/2020, 15h29
Duração de áudio: 02:12
Shealah Craighead / White House

Transcrição
LOC: A PARTIR DESTA SEXTA-FEIRA, BRASILEIROS OU PESSOAS QUE PASSARAM PELO BRASIL ESTÃO PROIBIDAS DE ENTRAR NOS ESTADOS UNIDOS POR CAUSA DA COVID-19. LOC: A DECISÃO, TOMADA NESTE DOMINGO PELO PRESIDENTE DONALD TRUMP, REPERCUTIU ENTRE OS SENADORES DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. TÉC: Segundo a Casa Branca, a medida visa proteger a população americana do novo coronavírus, já que o Brasil se tornou o segundo país no mundo com mais casos de covid-19. A decisão do presidente Donald Trump impede a entrada de pessoas que estiveram no Brasil 14 dias antes da data de desembarque no território americano. Outros países já sofreram a restrição. O primeiro foi a China, em janeiro, depois Irã, União Europeia, Irlanda e Reino Unido, lembrou o senador Chico Rodrigues, do Democratas de Roraima, que é integrante da Comissão de Relações Exteriores. (Chico Rodrigues): “É uma questão protocolar. Ele fez a mesma coisa quando a pandemia se alastrou na China. Também quando o problema se ampliou na Espanha, na Itália, no Reino Unido e assim por diante. E agora, em função do crescimento do coronavírus no Brasil, ele toma a mesma medida. Não existe nenhum pânico, nenhuma retaliação. Aliás, o presidente dos Estados Unidos está doando mil respiradores para o Brasil. Isso são relações diplomáticas. A questão sanitária, é outra coisa”. (Rep): Na avaliação do presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Nelsinho Trad, do PSD sul-mato-grossense, que também é o presidente da delegação brasileira no Parlasul, a medida não afeta as relações comerciais entre os dois países, mas significa que o Brasil precisa melhorar o enfrentamento à covid-19. (Nelsinho Trad): “Os Estados Unidos sempre demonstram nas suas relações aquela máxima que é ‘amigos, amigos, mas negócios à parte’. É uma medida mais de contenção de saúde pública do que qualquer outro desdobramento. É mais um recado, é mais um sinal, de que as coisas aqui no Brasil ainda não estão resolvidas, elas precisam ser encaradas com muita responsabilidade, com Ciência, com trabalho, para a gente poder vencer essa situação que estamos vivenciando”. (Rep): A decisão foi anunciada neste domingo e começa a valer a partir desta sexta-feira, 29 de maio. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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