Casa Civil apresenta ações sobre 60 dias de enfrentamento ao coronavírus — Rádio Senado
Pandemia

Casa Civil apresenta ações sobre 60 dias de enfrentamento ao coronavírus

O ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, apresentou nesta sexta-feira (22) à comissão mista que analisa as ações do Governo relacionadas à covid-19 um balanço dos últimos sessenta dias. Ele alega que a doença impôs um desafio fiscal ao país, elevando o déficit estimado para este de R$ 124 bilhões para R$ 525 bilhões. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defendeu uma redução na burocracia para que gestores consigam aplicar o dinheiro no combate ao novo vírus. Já a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) quer a prorrogação do auxílio pago a trabalhadores informais por mais três meses. A reportagem é de Marcella Cunha.

22/05/2020, 15h04 - ATUALIZADO EM 22/05/2020, 15h25
Duração de áudio: 02:57
Ingrid Anne/manaus.am.gov.br

Transcrição
LOC: O CHEFE DA CASA CIVIL, BRAGA NETTO, APRESENTOU À COMISSÃO MISTA QUE ACOMPANHA AS AÇÕES DO GOVERNO SOBRE A COVID-19 UM RELATÓRIO DOS ÚLTIMOS SESSENTA DIAS. LOC: SEGUNDO O MINISTRO, O NOVO CORONAVÍRUS IMPÔS UM DESAFIO FISCAL PARA O PAÍS E ELEVOU O DÉFICIT PARA 525 BILHÕES DE REAIS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: A comissão mista que acompanha a situação fiscal relacionada ao novo coronavírus ouviu nesta sexta-feira o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto. Ele apresentou um balanço dos sessenta dias de enfrentamento ao novo vírus pelo Governo. Segundo Braga Netto, mais de 34 bilhões de reais foram disponibilizados por crédito extraordinário e 800 milhões investidos para a habilitação de mais de 6 mil leitos de UTI. O ministro também destacou o Programa Pró-Brasil, que será implementado em outubro para buscar a recuperação econômica. Braga Netto afirmou que a covid-19 elevou o déficit fiscal de 124 bilhões para 525 bilhões de reais e alertou para o perigo de um caos social. (Braga Netto) Ninguém está pregando não haver o distanciamento social, o que o governo tem dito é exatamente o excesso, isso não significa lock out total de ficar todo mundo em casa e parar a economia porque o país vai quebrar. Eu espero que os senhores tenham consciência disso, principalmente os estados pobres. O Governo Federal não tem como apoiar mais do que ele está apoiando. (REP) Segundo Braga Netto, a ajuda financeira do Governo Federal a estados e municípios chega a 177 bilhões de reais quando considerados os 60 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional e a postergação de impostos federais. Diversos senadores cobraram que o dinheiro chegue efetivamente na ponta, para ser aplicado pelos gestores no combate à doença. Espiridião Amim, do PP de Santa Catarina, comparou a situação à uma caixa d’água cheia, mas com a torneira apenas pingando. Para o senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, o caminho é a simplificação do uso dos recursos. (Izalci) Essa burocracia do Brasil ela custa muito e é tão prejudicial quanto o problema de corrupção. Então a gente precisa realmente agilizar, fazer uma proposta de simplificação, se não, não conseguimos fazer absolutamente nada. acho que o dinheiro não está chegando por isso. As pessoas têm medo de assinar qualquer coisa principalmente nessa fase emergencial. (REP) Já a vice-presidente da comissão, senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, defendeu que o auxílio emergencial pago a trabalhadores informais seja prorrogado por mais três meses, mantendo o atual valor de 600 reais mensais. (Eliziane) O senhor falou que não falta dinheiro para saúde, de fato o Congresso Nacional flexibilizou, criou as condições jurídicas de aplicação desse recurso. E nós estamos agora na ansiedade acerca da ajuda emergencial, inclusive um projeto nosso pede a prorrogação dessa ajuda. (REP) O Ministro da Economia, Paulo Guedes, já manifestou a possibilidade de prorrogar o auxílio, que acaba em junho, por mais um ou dois meses, mas com o valor reduzido para 200 reais.

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