Senadores comentam fim da incorporação da Embraer pela Boeing — Rádio Senado
Aviação

Senadores comentam fim da incorporação da Embraer pela Boeing

O fim das negociações para a fusão com a Embraer por U$ 4,2 bilhões de dólares foi anunciado pela Boeing no último sábado (25), em meio à paralisação do setor aéreo provocada pela pandemia do Coronavírus. A transação gerou polêmica no Congresso Nacional desde o início, em julho de 2018. As informações com a repórter Raquel Teixeira, da Rádio Senado.

27/04/2020, 18h14 - ATUALIZADO EM 27/04/2020, 18h27
Duração de áudio: 02:14
Divulgação / Embraer

Transcrição
LOC: BOEING ENCERRA NEGOCIAÇÃO MILIONÁRIA COM A EMBRAER E APONTA QUEBRA DE CONTRATO. LOC: E EMPRESA BRASILEIRA APONTA CRISE AMERICANA COMO CAUSA DO FIM DA PARCERIA ESTRATÉGICA. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: O fim das negociações para a compra da divisão de aviação comercial brasileira por U$ 4,2 bilhões de dólares foi anunciado pela Boeing em meio à paralisação do setor aéreo provocada pela pandemia do Coronavírus. A empresa americana anunciou que a responsabilidade pela quebra do acordo era da Embraer, por não atender as condições necessárias. Em nota, a fabricante nacional acusou a ex-parceira de não possuir as condições financeiras necessárias para fechar a transação. No Congresso Nacional, o tema gerou polêmica. Integrantes do governo defendem novas tentativas de intercâmbio de tecnologia nesta e em outras áreas, mas a oposição ficou satisfeita pelo fim do negócio. O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, criticou a fusão desde o início, por questão de soberania nacional. (JEAN) A meu ver, o Cade tem o dever de estudar a fundo as implicações que tal fusão traria para a nossa indústria. Não parece ser correto a análise se deter apenas na defesa econômica, sem ignorar princípios como a soberania nacional e os reflexos no emprego. A cada dia que passa, torna-se mais evidente o fato de que a parceria é benéfica apenas aos interesses comerciais da Boeing. Rep: Mas para o senador Carlos Viana, do PSD de Minas Gerais, é preciso pensar nos benefícios dessas parcerias estratégicas para o futuro do país. (CARLOS) As decisões que nós precisamos tomar precisam ser muito pensadas, mas elas precisam ser tomadas: decisões de proteger aquilo que é o interesse no momento certo, mas decisões também de nos abrir ao mundo e dizer que estamos dispostos a participar de todo um desenvolvimento de tecnologia, de sermos ponta. Esses atrasos que nós vivemos, que muitas vezes vêm de uma visão incorreta da realidade até geopolítica internacional, nos prejudica muito. Rep: As negociações entre as fabricantes de aviões tiveram início em julho de 2018, receberam a aprovação do governo sete meses depois e deveriam ter sido concluídas no final de 2019, quando a Boeing concentraria 80% das operações de aviação comercial no Brasil. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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