Impactos econômicos da crise do coronavírus podem durar por uma década — Rádio Senado
Coronavírus

Impactos econômicos da crise do coronavírus podem durar por uma década

Os impactos na economia provocados pela crise do coronavírus podem afetar de forma permanente a trajetória do PIB e da dívida pública no Brasil na próxima década. A Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) antecipou a revisão dos cenários macroeconômicos e fiscais, que ocorreria em maio. Segundo o relatório, em um cenário pessimista, a dívida pública crescerá em 2020, com queda de até 5,2% no PIB. A projeção de queda poderia chegar a 7%, no caso de 22 semanas de paralisação e redução de 85% na atividade econômica. Os detalhes com o repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado.

16/04/2020, 14h14 - ATUALIZADO EM 16/04/2020, 14h14
Duração de áudio: 02:05
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Transcrição
LOC: INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE APONTA QUEDA DE PELO MENOS 2,2% NO PIB BRASILEIRO LOC: EM CENÁRIO PESSIMISTA, DOCUMENTO APONTA RETRAÇÃO DE ATÉ 5,2%. REPÓRTER PEDRO PINCER: (Repórter) Os impactos na economia provocados pela crise do coronavírus podem afetar de forma permanente a trajetória do PIB e da dívida pública no Brasil na próxima década. Segundo dados divulgados pela Instituição Fiscal Independente do Senado, em um cenário pessimista, a dívida pública crescerá em 2020, com queda de até 5,2% no PIB, que representa a soma de riquezas produzidas pelo país. A projeção de queda poderia chegar a 7%, no caso de 22 semanas de paralisação e redução de 85% na atividade econômica. Se a recuperação ocorrer a partir de junho, a expectativa da queda passa a ser de 2,2%. A dívida pública deverá encerrar 2020 em 84,9% do PIB e crescer até 100,2% em dez anos. O diretor- executivo do órgão, Felipe Salto, explica que a ação do Estado brasileiro é necessária, mas deve ser feita sem perder de vista a responsabilidade fiscal, sobretudo no médio e longo prazos. (Felipe Salto) É importante destacar que a dívida não se estabiliza num cenário até 2030. Provavelmente ela se estabilizará dois ou três anos após o encerramento do último ano do nosso cenário, que é 2030. Outro ponto importante a destacar é que no cenário pessimista a dívida cresce de maneira mais clara e ininterrupta, podendo atingir mais de 138% do PIB. (Repórter) Felipe Salto aponta uma queda de receitas para 2020 de até R$ 151 bilhões em relação a 2019. (Felipe Salto) Isso vai produzir uma piora na projeção de déficit primário, nossa estimativa é que o governo central encerre com 514,6 bilhões e o setor público consolidado com um déficit de 549,1, bilhões . (Repórter) A IFI antecipou o relatório de maio frente ao atual cenário provocado pela pandemia.

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