Senadores ouvem Marinha sobre acidente que deixou 33 mortos no Amapá — Rádio Senado
Naufrágio

Senadores ouvem Marinha sobre acidente que deixou 33 mortos no Amapá

As ações tomadas pela Marinha após o naufrágio da embarcação Anna Karoline III, no sul do Amapá, foram apresentadas nesta terça-feira em audiência pública conjunta nas Comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo e Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. O acidente deixou 33 mortos e 51 sobreviventes. O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) lamentou a ausência recorrente de lista de passageiros nas embarcações da Amazônia. Já o capitão dos portos do Estado, comandante Carlos Augusto de Souza, disse que o próximo passo é a reflutuação do navio, que ainda está afundado a 12 metros no Rio Jari. A reportagem é de Marcella Cunha.

10/03/2020, 17h12 - ATUALIZADO EM 10/03/2020, 18h31
Duração de áudio: 02:29
Foto: Prefeitura de Almeirim/Divulgação

Transcrição
LOC: A SEGURANÇA DE EMBARCAÇÕES NO AMAPÁ FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA CONJUNTA DAS COMISSÕES DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE. LOC: DURANTE A REUNIÃO, A MARINHA ELENCOU AS AÇÕES TOMADAS APÓS O NAUFRÁGIO DE NAVIO NO RIO JARI, QUE DEIXOU 33 MORTOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. TÉC (0310C05 – 2:30 ” – Marcella – Carlos Augusto - Randolfe – Zequinha Marinho Téc. ) A embarcação Anna Karoline 3 naufragou no dia 29 de fevereiro, no sul do Amapá. A viagem, com destino a Santarém, no Pará, duraria 36 horas. Até o momento, foram registradas 33 mortes e 51 pessoas resgatadas com vida. A Marinha não confirmou a informação de que nove pessoas seguem desaparecidas. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, sugeriu a criação de terminais hidroviários para reforçar a fiscalização de embarcações. (Randolfe): Nós temos uma grande dificuldade para segurança fluvial na Amazônia é que essa embarcação como tantas outras não tinha lista de passageiros. (Rep) Foi aberto um inquérito para esclarecer as causas do acidente, que investiga hipóteses como mau tempo e problemas durante o reabastecimento. Há também uma denúncia de que a embarcação, com capacidade de até 95 toneladas, carregava 110 toneladas de açúcar. O senador Zequinha Marinho, do PSC do Pará, disse que como o acidente foi próximo à divisa com o estado, acompanhou de perto o drama de algumas famílias. (Zequinha): Foi uma situação muito constrangedora. Porque só na cidade de Almeirinha uma família perdeu 16 membros, para se ter uma noção. E a gente fica preocupado. Não sei quantos passageiros tinham no barco, mas possivelmente deveria estar acima da capacidade. (Rep) O capitão dos portos do Amapá, Carlos Augusto de Souza, informou que o resgate dos corpos tem apresentado complicações, já que o navio está a 12 metros de profundidade e a água turva dificulta a visibilidade dos mergulhadores. As correntezas também atrapalham as buscas, um corpo foi encontrado a 40 km do local do acidente. O próximo passo é o içamento e reflutuação do navio, como explicou o comandante Carlos Augusto. (Carlos): A embarcação ela tem 200 toneladas. Tinha em torno de 100 toneladas de carga, segundo o comandante. Além de quando ela afunda ela tem o volume d’agua, então a gente estima que tenha no mínimo 500 toneladas embaixo. A gente tem que ter um plano muito bem feito. Envolve dois guindaste de 220 toneladas e a gente tem que ter cuidados porque os cabos estrão tensionados e se estourar vai matar gente. Então teremos um acidente dentro do outro. (REP) Outra preocupação é o derramamento de combustível durante esse procedimento, que deve ser feito ainda nesta semana. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

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