CMPI das Fake News recebe ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência — Rádio Senado
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CMPI das Fake News recebe ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência

Em audiência da CMPI das Fake News, o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, comentou os ataques que sofreu nas redes sociais. Ele também foi questionado sobre grupos dentro do governo que promovem esses ataques.

26/11/2019, 18h21 - ATUALIZADO EM 26/11/2019, 18h21
Duração de áudio: 02:28
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News realiza oitiva  decorrente dos requerimentos nº 236 e 241/2019.

À mesa, em pronunciamento, general e ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O EX-MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA, CARLOS ALBERTO DOS SANTOS CRUZ, FOI OUVIDO NA CPMI DAS FAKE NEWS. LOC: ELE FOI QUESTIONADO SOBRE GRUPOS DENTRO DO PALÁCIO DO PLANALTO QUE PROMOVEM ATAQUES VIRTUAIS. A REPORTAGEM É DE LÍVIA TORRES: (Repórter) O general Carlos Alberto dos Santos Cruz pediu demissão do cargo de ministro-chefe da secretaria de governo da presidência em junho por ataques nas redes sociais. Eu audiência pública da CPMI das Fake News, ele citou manifestações do escritor Olavo de Carvalho e do vereador Carlos Bolsonaro. Para o ex-ministro, algumas pessoas usam as redes sociais de forma negligente: (Carlos Alberto dos Santos Cruz) “Isso ai é usado por pessoas, às vezes, que não têm boa formação, não têm nem nível educacional, mesmo sem qualidade nenhuma. Ela pega ali e acha que é um William Shakespeare, porque ela está com liberdade no Twitter, no Facebook. Eu vejo que veículos muito bons, mas que são explorados por pessoas que causam prejuízo muito grande”. (Repórter) O ex-ministro evitou falar sobre a existência de grupos dentro do governo que promovem ataques virtuais. Ele se limitou a esclarecer porque não tomou medidas judiciais. (Carlos Alberto dos Santos Cruz) “Esse baixo nível é inaceitável em qualquer ambiente medianamente educado. Não tomei medidas legais, porque é de tão baixo nível que eu não vou me desgastar e gastar meu tempo com esse tipo de nível de gente, não dá” (Repórter) O deputado Rui Falcão, do PT de São Paulo, disse que o general poderia contribuir mais para acabar com esses grupos: (Rui Falcão) “Pessoa mais abominável que pode existir é o traidor e o delator. Então, o senhor não está em nenhum momento querendo talvez passar algum tipo de informação que pudesse levar a esse entendimento. Agora, o que eu não entendo é que o senhor não queira colaborar mais com a gente, para desbaratar essa verdadeira organização criminosa que opera dentro do palácio do planalto” (Repórter) O senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, criticou movimentos e ataques virtuais, que, para ele, são nocivos para a democracia: (Rogério Carvalho) “Porque isso faz parte do sectarismo, da separação artificial, do fascismo que quer tomar conta do Brasil. Mas não vamos deixar que isso aconteça. E vejam, agora é uma ciranda do AI-5. É o AI-5 do Eduardo Bolsonaro, é o AI-5 do general Heleno, é o AI-5 do Guedes, e eu não vejo essa casa se movimentar”. (Repórter) Na próxima reunião da CPMI das Fake News, os especialistas Miguel Freitas e Marco Rudieger vão discutir dados e a circulação de notícias em grupos de WhatsApp.

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