CI debate ataque às petrolíferas da Arábia e o derramamento de óleo no Nordeste
Audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) debateu as consequências econômicas dos ataques com drones a instalações petroleiras na Arábia Saudita, em meados de setembro. Para o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral, os ataques mostraram que é preciso pensar em novos sistemas de segurança. O presidente da CI, senador Marcos Rogério (DEM-RO), que pediu a audiência, ponderou que o derramamento de óleo no mar no Nordeste se tornou assunto mais urgente. A causa do vazamento de óleo ainda é desconhecida, disse o gerente Executivo da Petrobras, Cláudio Mastella. Ele disse que a estatal colocou sua infraestrutura para minimizar os danos no Nordeste. O Reportagem, Iara Farias Borges.
Veja a íntegra da audiência pública aqui.

Transcrição
LOC: AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA DEBATEU OS ATAQUES A PETROLEIRAS NA ARÁBIA SAUDITA EM MEADOS DE SETEMBRO.
LOC: OS SENADORES TAMBÉM ABORDARAM O DERRAMAMENTO DE ÓLEO NO NORDESTE. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
(Repórter) Em 14 de setembro, refinarias de petróleo da Arábia Saudita foram atacadas por drones. Em consequência, a produção caiu pela metade e afetou o preço do petróleo em todo o mundo. A situação foi resolvida, em três dias. Na visão do diretor da ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Aurélio Amaral, os ataques mostraram a necessidade de aprimorar a segurança.
(Aurélio Amaral) “Esse ataque evidenciou a fragilidade não só da Arábia Saudita, mas do mundo, como um todo, para essa nova tecnologia de ataque. Então, fez com que todas as forças de segurança e proteção; e refletir sobre o que temos de instalações e como estamos suscetíveis a isso”
(Repórter) É da mesma opinião o presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, que pediu a audiência. No entanto, ele considera o derramamento de óleo no mar no Nordeste assunto mais urgente.
(Marcos Rogério) “O uso de novas tecnologias, como os drones, mostrou riscos da segurança que não estavam no radar. É um novo paradigma e os mercados vão precisar assimilar isso. E vejam que a notícia do petróleo na Arábia já parece ter ficado um pouco antiga face aos acontecimentos envolvendo o próprio Brasil, com o acidente ou o crime com o despejamento de óleo no mar brasileiro”.
(Repórter) O gerente Executivo da Petrobras, Cláudio Mastella, disse que a causa do vazamento de óleo ainda é desconhecida. E informou que estatal já coletou mais de 370 toneladas de resíduos nas praias do Nordeste e colocou sua infraestrutura, como centros de defesa ambiental, equipes especializadas, helicópteros, equipamentos de proteção para auxiliar os voluntários amadores.
(Cláudio Mastella) “Na medida do possível, ajudar com os recursos que a gente tem. Eu acho que é o nosso papel, nessa altura, disponibilizar e usar os nossos recursos para minimizar os impactos do evento tão grave que está acontecendo lá. Que sejam apuradas efetivamente as causas e responsabilizados os responsáveis por esse dano”
(Repórter) O senador Esperidião Amin, do PP catarinense, sugeriu que percentual dos recursos do petróleo sejam destinados para a prevenção e recuperação de danos ambientais. Outra audiência poderá tratar exclusivamente do derramamento de óleo no Nordeste.
- REQ 57/2019 – CI
- Lei 13.885/2019