Senadores avaliam alterações feitas na reforma da Previdência — Rádio Senado
Reforma da Previdência

Senadores avaliam alterações feitas na reforma da Previdência

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), minimizou as mudanças feitas à Reforma da Previdência desde o início da discussão. A proposta original previa uma economia de R$ 1 trilhão, mas a versão aprovada renderá R$ 800 bilhões. Já a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou que o Congresso conseguiu retirar alguns trechos, a exemplo do abano salarial, do Benefício de Prestação Continuada e a redução do valor dos benefícios e da pensão. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

24/10/2019, 13h26 - ATUALIZADO EM 25/10/2019, 11h39
Duração de áudio: 02:14
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Transcrição
LOC: APESAR DAS MUDANÇAS FEITAS À REFORMA DA PREVIDÊNCIA AO LONGO DA VOTAÇÃO, O GOVERNO COMEMORA O RESULTADO FINAL. LOC: JÁ A OPOSIÇÃO CITA A RETIRADA DAS ALTERAÇÕES À APOSENTADORIA RURAL E AO PAGAMENTO DO BPC E DO ABONO SALARIAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN (Repórter) Ao longo dos oito meses de discussão, a Câmara dos Deputados e o Senado modificaram a Reforma da Previdência encaminhada pelo governo. Com as mudanças, a equipe econômica contará com uma economia de R$ 800 bilhões em dez anos e não mais de R$ 1 trilhão. A Câmara retirou o sistema de capitalização que garantiria a aposentadoria apenas de quem contribuísse; o aumento da idade e de contribuição na aposentadoria rural e de professores; e um gatilho para elevar a idade segundo o envelhecimento populacional medido pelo IBGE. Já o Senado excluiu da proposta a redução da pensão por morte, mudanças para o pagamento do abono salarial e da aposentadoria por invalidez e especial por insalubridade e periculosidade. A senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, avalia que a Reforma da Previdência penalizou os trabalhadores. Mas considerou a versão aprovada melhor do que a enviada pelo governo federal. (Eliziane Gama) O texto que veio do governo federal acabou pesando muito a mão sobre as populações mais pobres, com aposentados rurais, com a mulher, com a pessoa com deficiência e também com o trabalhador. Nós conseguimos evoluir num texto, inicialmente no Senado pelo senador Tasso Jereissati que admitiu várias emendas. E depois nós conseguimos destaques também no Plenário, a exemplo do abono salarial. (Repórter) O líder do governo no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes, do MDB do Tocantins, minimizou a perda de R$ 200 bilhões com as mudanças feitas à Reforma. Ele lembrou que a PEC Paralela poderá render mais de R$ 300 bilhões com a inclusão de estados e municípios e a taxação do agronegócio exportador e de algumas entidades filantrópicas. (Eduardo Gomes) Basta avaliar o recurso que se pretendia na reforma proposta pelo governo passado do presidente Michel Temer em torno de R$ 500 bilhões e o resultado efetivo de R$ 800 bilhões nessa reforma e ainda tramitação da PEC paralela. (Repórter) O Congresso Nacional também alterou o cálculo e o reajuste dos benefícios e excluiu bombeiros e policiais militares da Reforma. PEC 06/2019

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