Comissão de Direitos Humanos debate campanha de conscientização sobre prevenção do suicídio
Entre 2011 e 2017, mais de 80 mil pessoas se suicidaram no Brasil e os estados com o maior número de mortes são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Piauí e Roraima. Os dados são do Ministério da Saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde são 800 mil casos por ano em todo o mundo, sendo essa a segunda maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), os senadores debateram a campanha de conscientização sobre prevenção do suicídio chamada “Movimento Setembro Amarelo”, com a presença de representantes do Ministério da Saúde, do Centro de Valorização da Vida e da Associação Psiquiátrica da América Latina. Reportagem de Raquel Teixeira, da Rádio Senado.
Veja a íntegra da audiência pública aqui.
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Transcrição
LOC: COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATE O MOVIMENTO SETEMBRO AMARELO, DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO.
LOC: E A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ALERTA QUE NOVE EM CADA DEZ CASOS PODERIAM SER EVITADOS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
TÉC: Entre 2011 e 2017, mais de 80 mil pessoas se suicidaram no Brasil e os estados com o maior número de mortes são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Piauí e Roraima. Os dados são do Ministério da Saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde são 800 mil casos por ano em todo o mundo, sendo essa a segunda maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. A senadora Leila Barros, do PSB do Distrito Federal, afirma que o suicídio é uma tragédia humana que precisa ser enfrentada.
(BARROS) O suicídio cresce de forma assustadora em todo o mundo, nas mais variadas camadas sociais, em todas as raças, em todas as idades, enfim, em toda a sociedade, o que demonstra a importância de debater o tema, até porque saber reconhecer os sinais pode ser o primeiro e mais importante passo para salvar uma vida.
Rep: A porta voz do Centro de Valorização da Vida, Leila Herédia, explica que conversar sobre a situação que leva a vítima a pensar na morte como opção para resolver um problema pode ser a solução.
(HERÉDIA) A gente respeita o que a pessoa está sentindo, a gente aceita aquela dor, aquele sofrimento, aquela angústia, seja ela causada pelo que for, por qualquer tipo de problema. Quando a pessoa tem um espaço de fala ela tende a usá-lo, então a medida que ela fala, ela vai se acalmando e ela vai se permitindo se sentir menos angustiada.
Rep: A ligação para o Centro de Valorização da Vida é gratuita e anônima. E o atendimento dos voluntários fica disponível 24 horas por dia, todos os dias. O telefone do CVV é o 188. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.