CAE debate suposto tratamento discriminatório da Caixa Econômica Federal à região Nordeste — Rádio Senado
Audiência pública

CAE debate suposto tratamento discriminatório da Caixa Econômica Federal à região Nordeste

A Comissão de Assuntos Econômicos debateu nesta terça-feira (3) um suposto tratamento desigual à região Nordeste pela Caixa Econômica Federal. A vice-presidente de Governo da instituição, Tatiana de Oliveira, afirmou que a avaliação dos pedidos é técnica, não política. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), aproveitou a audiência pública para reclamar do número de procedimentos para ter acesso aos recursos do banco. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

03/09/2019, 13h57 - ATUALIZADO EM 03/09/2019, 13h57
Duração de áudio: 01:58
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa com a finalidade de apresentar as diretrizes da Caixa Econômica Federal para a concessão de empréstimos para os estados e municípios brasileiros, bem como a denúncia, grave se for confirmada, que a CEF reduziu a concessão de novos empréstimos para os estados e municípios do Nordeste neste ano por motivação política. 

Mesa: 
vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal (CEF), Tatiana Thome de Oliveira; 
presidente da CAE, senador Omar Aziz (PSD-AM);
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); 
senador Jaques Wagner (PT-BA).

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATEU NESTA TERÇA-FEIRA UM SUPOSTO TRATAMENTO DESIGUAL À REGIÃO NORDESTE PELA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA FOI PEDIDA APÓS REPORTAGEM TER APONTADO QUE PREFEITURAS E GOVERNOS DA REGIÃO ESTARIAM RECEBENDO MENOS RECURSOS QUE O USUAL. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO. (Repórter) Reportagem do Estadão apontou que até o final de julho estados e municípios do Nordeste tinham recebido apenas 2 por cento dos empréstimos da Caixa Econômica Federal. A vice-presidente de Governo da instituição, Tatiana de Oliveira, explicou que neste ano houve um aumento considerável de pedidos das regiões Sul e Sudeste, pelo menos no primeiro semestre, o que explica em parte o baixo volume de recursos para as regiões Norte e Nordeste. Segundo ela, quando o resultado for anualizado o percentual deve ficar parecido com o de outros anos. Outra explicação é a baixa capacidade de pagamento de prefeituras e governos da região. Tatiana afirmou que a avaliação dos pedidos é técnica, não política. (Tatiana de Oliveira) E a nossa diretriz é de, cumprindo todas as exigências na estabelecidas aí na legislação, nós fazemos operação. Independente de que região, de que partido, independente disso. (Repórter): Mas a senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, reclamou do número de procedimentos para ter acesso aos recursos do banco. Algo que, na avaliação de Eliziane, pode atrapalhar justamente os municípios e estados das regiões mais pobres. (Eliziane Gama) Num levantamento que nós tivemos, de 2007 para agora, nós tivemos um aumento de 400%, Tatiana, na quantidade de instrumentos regulatórios – portarias, resoluções, enfim... Por exemplo, nós chegamos a ter um aumento de até 400%. Ou seja: é um peso de burocracia em relação a esses Estados e Municípios. Há, na verdade, um engessamento disso. (Repórter) A vice-presidente de Governo da Caixa concordou com Eliziane, mas lembrou que a desburocratização passa pela mudança na legislação.

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