Liberdade de imprensa é tema de debate no Conselho de Comunicação Social — Rádio Senado
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Liberdade de imprensa é tema de debate no Conselho de Comunicação Social

A liberdade de imprensa no Brasil foi tema de audiência no Conselho de Comunicação Social do Senado. Casos recentes de ameaças e intimidações que acabaram ganhando o noticiário nacional foram citados durante o debate, que tem como objetivo subsidiar um estudo solicitado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania – MA). A reportagem é de Marcela Diniz.

02/09/2019, 17h50 - ATUALIZADO EM 02/09/2019, 17h50
Duração de áudio: 02:04
Conselho de Comunicação Social (CCS) realiza audiência pública sobre liberdade de imprensa no Brasil. 

Mesa:
advogado Lourival Santos - em pronunciamento;
representante da sociedade civil, Davi Emerich;
vice-presidente da CCS e representante da sociedade civil, Marcelo Antônio Cordeiro;
presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo – Projor, Francisco Belda;
secretária-executiva da  Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Cristina Zahar.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: A SEMANA NO SENADO COMEÇOU COM UM DEBATE SOBRE LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL. LOC: CASOS RECENTES DE INTIMIDAÇÃO VIA REDES SOCIAIS FORAM CITADOS DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA DO CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. REPÓRTER MARCELA DINIZ. TÉC: A liberdade de imprensa no Brasil foi tema de audiência no Conselho de Comunicação Social do Senado e o advogado Lourival Santos, relembrou a história e citou Líbero Badaró, figura que virou símbolo dessa luta ao enfrentar o império de Dom Pedro I, o que atraiu para ele muitos inimigos políticos: (Lourival) “Um povo que não tem liberdade de pensar e de manifestar o seu pensamento, é como se não existisse.” Líbero Badaró foi brutalmente assassinado, talvez, também em razão dessas manifestações tão fortes, tão sinceras. (Rep) E os ataques a jornalistas e à atividade jornalística, em nossos dias, adquirem novas dimensões por causa das redes sociais. A secretária-executiva da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Cristina Zahar, falou do monitoramento que a ABRAJI faz dos casos de ameaças e intimidações a esses profissionais e citou alguns episódios recentes: (Cristina) Esse ano nós tivemos vários casos emblemáticos: os ataques a Glenn Greenwald foram os mais sérios até agora; tivemos o caso dos jornalistas da Veja que foram atacados nas redes sociais depois de uma matéria sobre a família da primeira-dama; o caso da Miriam Leitão, acusada de ser mentirosa, de ter mentido sobre ter sido torturada. (Rep) Para os participantes do debate, outra questão atual que ameaça a liberdade de imprensa é o fenômeno das fake news. O presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, Francisco Belda, defendeu o investimento no jornalismo de qualidade para recuperar a credibilidade dos veículos e evitar legislações que possam transbordar para a censura: (Belda) Então, nós procuramos abordar esse tema de um ponto de vista da técnica, da ética e da responsabilidade jornalística e não necessariamente de legislações muitas vezes oportunistas que procuram se projetar nesse contexto. (Rep) O objetivo da audiência no Conselho de Comunicação Social foi subsidiar um estudo sobre liberdade de imprensa no Brasil, solicitado pela senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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