Estudo que questiona déficit da Previdência é discutido na CDH
Em audiência pública, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debateu o Atlas da Previdência. O estudo, produzido na Universidade Federal de Goiás, contesta o cálculo do déficit previdenciário e analisa o impacto da Reforma da Previdência para os brasileiros. A audiência pública contou com a presença do autor do livro, o pesquisador Tadeu Alencar, entre outros. Saiba mais na reportagem de Poliana Fontenele.
Transcrição
LOC: ATLAS DA PREVIDÊNCIA FOI DEBATIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS.
LOC: O LIVRO CONTESTA O DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO E ANALISA O IMPACTO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA OS BRASILEIROS. A REPORTAGEM É DE
POLIANA FONTENELE.
TÉC: A Comissão de Direitos Humanos debateu o Atlas da Previdência, um livro, publicado em formato digital, que contesta o cálculo do déficit previdenciário e analisa o impacto da Reforma da Previdência para os trabalhadores brasileiros. Um dos autores, Tadeu Alencar, pesquisador do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, apresentou hipóteses durante a audiência que rebatem o déficit previdenciário. Para Tadeu, o gasto do Estado está ligado a um imaginário social.
(Tadeu Alencar) A Reforma da Previdência não é um projeto qualquer, ela está “raigada” no imaginário social brasileiro que parte de três fábulas: o Estado é gastador, o Estado é ineficiente e o Estado é obsoleto. O Estado brasileiro não é gastador, não é. Enquanto faltarem enfermeiras, professores bem pagos, Assistência Social, creches, Universidades, cultura, esse estado será pequeno. (Repórter) Outro ponto debatido na audiência pública foi o privilégio dos servidores públicos na Previdência. O presidente da CDH, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, destacou que isso não ocorre desde a lei que colocou todos sob o teto do regime geral da previdência.
(Paulo Paim) É importante resgatar que a partir de 2013 houve uma lei que já botou todo mundo no teto da Previdência, que é mais ou menos 5.900, área pública e área privada. Então essa história de privilégio é só para desmistificar essa história, não tem privilégio coisíssima nenhuma.
(Repórter) O debate da Comissão de Direitos Humanos fez parte de um ciclo de audiências públicas que tem como objetivo discutir o tema Previdência e Trabalho. Com supervisão de Jefferson Dalmoro, da Rádio Senado, Poliana Fontenele.