CDH debate Fake News no Dia da Mentira — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate Fake News no Dia da Mentira

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) escolheu o 1º de abril – Dia da Mentira – para promover um debate sobre fake news. Especialistas defenderam a educação como a ferramenta mais eficaz contra a confusão causada pelas notícias falsas e alertaram para o perigo de soluções apenas punitivas para quem compartilha conteúdos mentirosos.

01/04/2019, 13h21 - ATUALIZADO EM 01/04/2019, 14h55
Duração de áudio: 02:03
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre: "A influência da Fake News na sociedade".

Mesa:
gerente de Políticas Públicas e Relações Governamentais do Google Brasil, Juliana Nolasco;
representante do Instituto Alana, Marina Pita;
diretor geral da Associação Brasileira Emissora de Rádio e TV, Cristiano Lobato Flores;
presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
mestre em Comunicação Política pela Universidade Complutense de Madri/Espanha e Professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Manuel Guilhermo Jaimes Roa;
gerente de Políticas Públicas do Facebook Brasil, Monica Guise Rosina;
gerente de Políticas Públicas do Twitter no Brasil, Fernando Gallo;
gerente de Políticas Públicas e Relações Governamentais do Google Brasil, Juliana Nolasco. 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O DIA DA MENTIRA SERVIU DE MOTE PARA UM DEBATE SOBRE FAKE NEWS NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. LOC: ESPECIALISTAS DISSERAM QUE SOLUÇÕES PUNITIVAS NÃO RESOLVEM O PROBLEMA E QUE É PRECISO INVESTIR EM EDUCAÇÃO PARA NEUTRALIZAR O EFEITO DE NOTÍCIAS FALSAS. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ. (Repórter) A Comissão de Direitos Humanos escolheu o 1º de abril – Dia da Mentira – para promover um debate sobre fake news, ou notícias falsas. Para o representante da ONG SaferNet, Thiago Tavares, o objetivo dos boatos de internet é confundir o leitor ou espectador, fazendo com que ele perca referências até mesmo sobre coisas elementares: (Thiago Tavares) E as pessoas começam a perder noção sobre fatos básicos. Mais recentemente, há um debate sobre se a T erra é plana ou redonda e, aí, você tem um conjunto significativo de pessoas que começam a achar que a Terra é plana. (Repórter) Especialistas defenderam a educação como a ferramenta mais eficaz contra a confusão causada pelas notícias falsas e alertaram para o perigo de soluções apenas punitivas para quem compartilha conteúdos mentirosos. O professor de Direito Eleitoral Diogo Rais faz pesquisas sobre o impacto das fake news na sociedade e, para ele, não há leis ou decisões judiciais que, sozinhas, consigam resolver o problema. O complicado é que, enquanto a educação caminha, a indústria das fake news dá saltos rápidos e se torna cada vez mais complexa e poderosa: (Diogo Rais) Fake News é poder. Desinformação é poder. É poder econômico porque alguém está ganhando dinheiro; mercantil, porque alguém vende alguma coisa; poder político porque alguém ganha e alguém perde, alguém é desestabilizado no governo. (Repórter) Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, é preciso enfrentar a indústria das fake news: (Paulo Paim) Todos nós estamos muito preocupados. Há empresas especializadas em criar boatos que são espalhados em grande escala na rede, alcançando milhões e milhões de usuários. (Repórter) A gerente de políticas públicas do Facebook Brasil, Mônica Guise, se comprometeu a enviar, para a CDH, um relatório sobre os mecanismos adotados pela empresa para conter as fake news. Representantes do Google e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão – Abert – entre outras entidades, também participaram a audiência na CDH.

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