Permissão de capitalização privada para aposentadorias preocupa debatedores — Rádio Senado
Na CDH

Permissão de capitalização privada para aposentadorias preocupa debatedores

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) discutiu os efeitos da reforma da Previdência (PEC 6/2019) para os aposentados e pensionistas. Os especialistas se preocupam com a retirada dos direitos previdenciários da Constituição Federal e com a permissão de capitalização privada para aposentadorias e pensões. O senador Eduardo Girão (PODE-CE) cobrou a presença do governo e de defensores da reforma nas audiências da CDH. O presidente do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas, Edison Guilherme Haubert, defende a participação da sociedade nos debates.

18/03/2019, 12h40 - ATUALIZADO EM 18/03/2019, 14h22
Duração de áudio: 01:59
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública interativa para tratar sobre: "Previdência e Trabalho", com foco no debate com entidades de aposentados e pensionistas.

Mesa:
representante do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Queiroz;
presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS).

Participam à bancada:
senador Styvenson Valentim (Pode-RN);
senador Eduardo Girão (Pode-CE).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A RETIRADA DOS DIREITOS PEVIDENCIÁRIOS DA CONSTITUIÇÃO E A PERMISSÃO DE CAPITALIZAÇÃO PRIVADA PARA APOSENTADORIAS E PENSÕES PREOCUPAM ESPECIAISTAS. LOC: O ASSUNTO FOI TEMA DA TERCEIRA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS NO CICLO QUE DISCUTE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (Repórter) Nesta terceira audiência do ciclo de debates sobre Previdência e Trabalho, a discussão focou os impactos da Reforma da Previdência nos direitos de aposentados e pensionistas. O representante do Coletivo Nacional dos Advogados de Servidores Públicos, Luís Fernando Silva, disse que dois pontos da proposta são preocupantes: a retirada do assunto da Constituição e a permissão para um sistema de capitalização para as aposentadorias. (Luís Fernando Silva) “Todas as outras propostas de reforma jamais ousaram, sequer, tocar nisso. É acabar com qualquer responsabilidade do Estado em relação à Previdência pública e remeter toda essa responsabilidade aos trabalhadores de maneira geral. Todo o risco passa para eles e toda a possibilidade de lucro passa para o sistema financeiro”. (Repórter) O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, cobrou a presença do governo e de defensores da Reforma da Previdência nos debates da Comissão de Direitos Humanos, que são convidados e não têm participado. (Eduardo Girão) “Eu acho que ainda está muito nebuloso este assunto da Reforma da Previdência. Por que o governo não está vindo defender? A gente sabe que a reforma é necessária, talvez não do jeito como esteja, mas é importante se encarar esse assunto para que a conte feche para os nossos filhos e nossos netos, especialmente, a gente tem que ter essa responsabilidade, Agora, o argumento precisa vir”. (Repórter) E na avaliação de Edison Guilherme Haubert, presidente do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas, a Reforma da Previdência deve incluir a opinião da sociedade. (Edison Guilherme Haubert) “É necessário que o Congresso Nacional ouça as vozes das ruas. Se não houver isso, esta reforma é mais um estelionato”. (Repórter) O próximo debate será com especialistas da área da educação e, no dia 25 de março, com economistas. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges. REQ 1/2019 – CDH

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