Senadores defendem aposentadoria especial para mulheres e policiais — Rádio Senado
Reforma da Previdência

Senadores defendem aposentadoria especial para mulheres e policiais

A equiparação da idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres e as aposentadorias especiais para atividades desgastantes ou arriscadas, como a dos professores e a dos policiais, são pontos da Reforma da Previdência que já repercutem no Senado.

07/02/2019, 14h20 - ATUALIZADO EM 11/02/2019, 09h24
Duração de áudio: 02:24
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DEFENDEM QUE MULHERES, PROFESSORES, POLICIAIS E TRABALHADORES RURAIS CONTEM COM ATENÇÃO ESPECIAL DO CONGRESSO NO DEBATE SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: A EQUIPARAÇÃO DA IDADE MÍNIMA ENTRE HOMENS E MULHERES E AS MUDANÇAS NAS APOSENTADORIAS ESPECIAIS JÁ REPERCUTEM ENTRE OS SENADORES. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ. (Repórter) Ainda não se sabe qual texto exato de Reforma da Previdência o governo enviará ao Congresso. Equiparação da idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres e as aposentadorias especiais para atividades desgastantes ou arriscadas, como a dos professores e a dos policiais, são, no entanto, pontos que já repercutem no Senado. Para o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, essas categorias precisam continuar sendo tratadas de forma diferenciada pela lei (Paulo Paim) Tem que ter aposentadoria especial para aqueles setores que realmente mais sofrem na sua atividade. Aí, é serviço penoso, considerado de risco, no caso dos policiais, e o desgaste: calcule uma professora numa sala de aula. Ela aguentar 40 anos para poder se aposentar. (Repórter) Na opinião do senador Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, outra parcela da população que merece tratamento diferenciado é a das mulheres. Ao citar dado do Relatório do Fórum Econômico Mundial que projeta para 202 anos o fim da desigualdade salarial entre homens e mulheres, Fagundes argumenta que a idade mínima igualitária de aposentadoria é, na verdade, injusta para as trabalhadoras: (Wellington Fagundes) Impossível, ela tem que fazer jornada dupla. Principalmente: a mulher trabalhadora com menos remuneração. Se não avançarmos muito, o Brasil vai demorar mais de 200 anos para que as mulheres possam se equiparar às mesmas condições dos homens. (Repórter) Para a senadora Soraya Thronicke, do PSL de Mato Grosso do Sul, tanto a situação das mulheres quanto a dos policiais têm de ser avaliadas de forma justa nas discussões da Reforma da Previdência. Ela acrescenta que os trabalhadores rurais também merecem atenção especial do Congresso: (Soraya Thronicke) Os trabalhadores rurais também merecem essa atenção. Eu acho que é ponto a ponto. Da mesma maneira que eu defendi que as mulheres têm uma tripla jornada, a vida delas é bastante diferente. Chega no fim da vida, quem cuida da família é ela, então, somos iguais na medida das nossas desigualdades. (Repórter) Na minuta preliminar da Reforma divulgada pela imprensa, a idade mínima de aposentadoria seria 65 anos para homens e mulheres ao fim de um período de transição. Para professor e trabalhador rural, 60 anos; e, para policiais federais, legislativos e civis, 55 anos. Hoje, policiais não possuem idade mínima para se aposentar, o que conta é o tempo de contribuição.

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