Jorge Viana defende que Brasil seja mediador para a crise na Venezuela — Rádio Senado
Crise

Jorge Viana defende que Brasil seja mediador para a crise na Venezuela

O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), Jorge Viana (PT-AC), discordou da posição do governo brasileiro de reconhecer como legítimo o governo interino de Juan Guaidó, na Venezuela. Para o senador, o Brasil deveria assumir um papel de mediador na crise do país vizinho ao invés de tomar um dos lados. Ouça mais detalhes no áudio do repórter da Rádio Senado, Jefferson Dalmoro.

24/01/2019, 16h55 - ATUALIZADO EM 25/01/2019, 10h35
Duração de áudio: 01:54
Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) realiza reunião para apreciação do relatório anual das atividades desenvolvidas pela comissão.

Em pronunciamento, relator da CMMC,  senador Jorge Viana (PT-AC) à mesa.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: VICE PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES CRITICA POSTURA DO BRASIL DE RECONHECER JUÁN GUAIDÓ COMO PRESIDENTE DA VENEZUELA. LOC: PARA JORGE VIANA, O GOVERNO BRASILEIRO NÃO DEVERIA TOMAR POSIÇÃO, MAS SE COLOCAR COMO MEDIADOR NA CRISE DO PAÍS VIZINHO. REPÓRTER JEFFERSON DALMORO. TÉC: O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Jorge Viana, do PT do Acre, criticou a postura do governo brasileiro de reconhecer o presidente interino Juan Guaidó, da Venezuela, como legítimo. Guaidó declarou-se presidente do país vizinho após a Assembleia Nacional venezuelana declarar que Nicolás Maduro usurpou o cargo de presidente da república. A Assembleia também anulou todos os atos de Maduro, que não aceitou a decisão e disse que se mantém como presidente constitucional do país. A presidência de Guaidó já recebeu o reconhecimento de diversos países além do Brasil, como Estados Unidos, Colômbia, Paraguai, Equador e Peru. Já México, Rússia e Bolívia afirmam que reconhecem a autoridade de Nicolás Maduro como presidente. Para o senador Jorge Viana, o Brasil deveria ter adotado o caminho da mediação para a solução da crise pela qual passa o país vizinho, ao invés de tomar um dos lados. (Jorge) Lamento que o Brasil simplesmente assuma um dos lados. O ideal era que o Brasil siga com a sua tradição de ser mediador, de ser parte da solução dos problemas e não ser parte do problema. Se o Brasil, que é um gigante aqui no continente, é um país pacífico, não for o mediador, quem será o mediador numa crise desse tamanho que pode levar a uma guerra civil na Venezuela? (Repórter) Jorge Viana criticou tanto a postura da oposição como do regime de Nicolás Maduro na Venezuela. (Jorge) Eu não tô aqui passando a mão nos erros que o governo Maduro tem cometido sucessivamente. Eu acho que ele tem grande responsabilidade sobre tudo o que está acontecendo lá, sobre a crise. Mas a solução é essa? De alguém se declarar presidente? A solução tem que vir com a democracia. E o Brasil poderia ser e pode ser esse mediador. E o Brasil cumprindo um papel de mediação certamente contaria com a colaboração de muitos outros países mundo afora. (Repórter) Como vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e com mandato encerrando, Jorge Viana espera que o novo Senado, que toma posse em primeiro de fevereiro, desempenhe um papel de equilíbrio e de mediação na crise venezuelana. Da Rádio Senado, Jefferson Dalmoro.

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