IFI recebe reconhecimento do Fundo Monetário Internacional — Rádio Senado
Economia

IFI recebe reconhecimento do Fundo Monetário Internacional

Pelo segundo ano consecutivo, os relatórios produzidos pela Instituição Fiscal Independente do Senado, a IFI, foram utilizados pelo Fundo Monetário Internacional para analisar a situação econômica do Brasil. No relatório mais recente, a instituição projetou um crescimento de 1,6% para 2018, após a recuperação econômica ter sido interrompida pela greve dos caminhoneiros. A desaceleração no crescimento econômico, além de prejudicar o mercado de trabalho, torna mais difícil o cumprimento das metas fiscais e do equilíbrio das contas públicas, de acordo com o diretor da IFI, Felipe Salto. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

29/08/2018, 12h50 - ATUALIZADO EM 29/08/2018, 15h00
Duração de áudio: 02:13
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL CITOU PELO SEGUNDO ANO A ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE DO SENADO. LOC: NO RELATÓRIO MAIS RECENTE, A IFI ALERTOU QUE O PRÓXIMO GOVERNO TERÁ ATÉ DOIS ANOS PARA EVITAR A PARALISAÇÃO DA MÁQUINA PÚBLICA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) O Fundo Monetário Internacional tem diferentes ferramentas para acompanhar a política econômica e fiscal dos 188 países-membros. A cada ano o FMI avalia as medidas para estabilidade financeira, que incluem fatores como gastos públicos, preços, crescimento econômico e política cambial. Pelo segundo ano consecutivo, os relatórios produzidos pela Instituição Fiscal Independente do Senado, a IFI, foram utilizados pelo FMI para analisar a situação econômica do Brasil. No relatório mais recente, a instituição projetou um crescimento de 1,6% para 2018, após a recuperação econômica ter sido interrompida pela greve dos caminhoneiros. A desaceleração no crescimento econômico, além de prejudicar o mercado de trabalho, torna mais difícil o cumprimento das metas fiscais e do equilíbrio das contas públicas, de acordo com o diretor da IFI, Felipe Salto. (Felipe Salto) Vai ser mais difícil promover o ajuste fiscal a partir do ano que vem pelo lado das receitas por conta dessa perda de tração no motor do desenvolvimento econômico. (Repórter) Em um cenário moderado, a IFI projeta o País voltando a equilibrar as contas públicas em 2023, após quase uma década de déficits. Felipe Salto acredita que o próximo governo eleito terá entre um ano e meio e dois para fazer mudanças estruturais que evitem a paralisação ou até a retração de gastos públicos. (Felipe Salto) E quando inclui a conta de juros sobre a dívida, isso aumenta ainda mais o buraco das contas públicas. Vai ser necessário recuperar a capacidade de arrecadação de impostos e contribuições de um lado e, de outro, conter o avanço das despesas públicas. (Repórter) A IFI foi criada em 2016, um dos piores anos para a economia do País.

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