CDH vai debater políticas públicas de combate ao suicídio — Rádio Senado
Saúde

CDH vai debater políticas públicas de combate ao suicídio

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) vai discutir em audiência pública o aumento dos casos de suicídio no Brasil. Também serão debatidas as possíveis causas que levam uma pessoa a tirar a própria vida e as políticas públicas necessárias para combater essa prática. A presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI) informou que, em 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde, morreram cerca de 800 mil pessoas no mundo por suicídio, enquanto que as guerras naquele ano mataram 120 mil pessoas. Para a senadora, a situação é grave e é preciso ser tratada como um problema de saúde pública.

24/08/2018, 12h56 - ATUALIZADO EM 24/08/2018, 21h46
Duração de áudio: 01:45
Yellow ribbon symbolic for Sarcoma Bone cancer, Spina Bifida Awareness Month and suicide prevention on helping hand
ADragan/istockphoto

Transcrição
LOC: MAIS PESSOAS PERDEM SUAS VIDAS POR SUICÍDIO QUE PELAS GUERRAS, SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – QUASE UM MILHÃO DE PESSOAS POR ANO. LOC: O ASSUNTO SERÁ DISCUTIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (Repórter) Segundo estudo da Universidade Federal da Bahia, entre 1980 e 2014 aumentou mais de 27% o número de suicídios no Brasil. Quem mais cometeu este ato foram as pessoas menos escolarizadas, os indígenas e os homens acima de 59 anos. Quase todos esses casos poderiam ser evitados, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, uma vez que são associados a algum transtorno mental, como a depressão. Além do aumento do número de suicídios no País e as possíveis causas, a audiência na Comissão de Direitos Humanos vai debater as políticas públicas necessárias para mudar esse quadro. A presidente da CDH, senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, que pediu o debate, observou que em 2012, as guerras mataram cerca de 120 mil pessoas no mundo. E, no mesmo ano, segundo a Organização Mundial da Saúde, aconteceram 800 mil suicídios. (Regina Souza) “É muito grave. É uma questão séria porque tem a ver com saúde pública também. Depressão, normalmente, é o caminho. E depressão ainda não é muito vista como uma doença que tem que ter atenção da saúde pública deste país. Então, acho que a gente precisa atualizar esses dados, discutir, e ver como a gente consegue discutir no nosso sistema de saúde”. (Repórter) Participam do debate a porta-voz do CVV, Centro de Valorização da Vida, Leila Herédia; o psiquiatra da infância e adolescência, André Saller; a repórter da TV Brasil Ana Graziela Aguiar; e representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Psicologia e da Organização Pan-Americana da Saúde.

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